Privatização da CEB: Seguindo a linha outsider de Dória, Ibaneis prova que é possível ser liberal sem soar direitista
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Por Fred Lima
Governando o DF em um momento em que o país atravessa uma fase de extrema-direita, Ibaneis Rocha (MDB) prefere optar pela moderação de centro. O pacote de privatizações do GDF é similar com o projeto do Governo Federal, que pretende privatizar diversas estatais. No que diz respeito a diminuir o papel do Estado, o chefe do Buriti e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) têm ideias parecidas.
Só que, ao contrário do presidente, Ibaneis não é a favor da retirada dos pardais de trânsito, por exemplo. Além disso, o governador chegou a assinar em maio uma carta contra o decreto do chefe da nação que facilita o registro, a posse e o porte de armas de fogo e munições, inclusive de fuzis.
Ao dar o primeiro passo nesta terça-feira (13) para privatizar a Companhia Energética de Brasília (CEB), Ibaneis afirmou de forma sucinta todo o benefício que uma privatização bem feita pode trazer: “Estamos aqui para receber investimentos do setor privado e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”.
É a nova via que se abre na política nacional e promete conquistar parte do eleitorado na eleição de 2022, caso o governo do capitão não seja exitoso. Não é extrema-direita ou centro-esquerda. Centro, sem cambalear para a esquerda ou direita.
O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), segue a mesma linha adotada pelo governador da capital. Em entrevista à revista Veja em junho, ele explicou que o PSDB “… deixa de ser um partido de centro-esquerda para ser um partido de centro, que dialoga com a esquerda e a direita mas se afasta dos extremos tanto de um lado quanto de outro”. É ou não o que o Ibaneis vem fazendo?
Por causa de certas semelhanças, alguns sugerem que o governador do DF pode ser vice de Dória rumo ao Planalto no próximo pleito, uma aliança poderosa entre PSDB e MDB.
Seria o tom moderado pró-mercado e pró-desenvolvimento contra dois extremos.
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