Ping Pong com o presidente da Novacap
Por Amanda Escorsin
Fernando Leite iniciou sua trajetória como estagiário na Companhia Energética de Brasília (CEB) e ocupou cargos importantes na empresa. Logo após, presidiu a CEB e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Assumiu a presidência da Novacap em junho de 2020, sendo ex-titular da Secretaria Executiva das Cidades.
Em conversa com o Lupa Política, o presidente fala sobre a atual gestão da companhia e os planejamentos para o próximo ano, apesar do período pandêmico. Confira:
O senhor dirigiu a Caesb durante os governos Arruda e Ibaneis. Este ano assumiu a Novacap. Como vem sendo a experiência de presidir uma companhia responsável pela execução de obras e quais são os focos neste primeiro momento?
Presidir a Novacap é a realização de um sonho, sempre tive vontade de trabalhar aqui. Pelo desafio que a mesma representa, qualidade do quadro pessoal e importância histórica que a empresa têm. Os tempos mudaram. Nosso propósito é construir uma nova empresa sem descartar sua história. A companhia precisa de uma nova gestão, uma nova maneira de trabalhar para recuperar o tempo perdido. Aforma de fazer isso será trabalhar na tecnologia empregada na empresa, tanto na área de engenharia como na área de transformação digital. Com isso, pretendemos reduzir custos, aumentar a qualidade das obras e reduzir prazos. A população atualmente é muito mais exigente que no passado, e com razão. Gestão, tecnologia e pessoas. Esse é o nosso propósito e plano de governo. A empresa precisa estar no século XXI.
Com o resultado da licitação para a construção do primeiro Hospital Oncológico em Brasília, foi anunciado que as obras devem ter duração de 36 meses. Porém, com os impactos da pandemia, o governo tem encarado alguns atrasos na agenda. O senhor acredita que a entrega pode prolongar?
É possível que seja até antecipado. Este é um recurso federal da saúde que já está assegurado. O processo licitatório está em andamento e quase no final. Essa obra é prioritária, como o túnel de Taguatinga, um projeto revindicado há de 10 anos. O governador Ibaneis está atendendo mais uma vez a demanda da população.
Com o plano de demissão voluntária (PDV), como o senhor planeja reestruturar a mão-de-obra na companhia?
O programa foi construído, não foi por impulso, é voluntário. Ao todo, 500 funcionários decidiram se desligar da empresa devido acharem a proposta interessante. A Idade Média também estava avançada e todos temos metas na vida, a mesma coisa acontece com os técnicos. É uma ordem natural. Por outro lado, o último plano de incentivo da Novacap foi em 2008. Apesar de o número de funcionários reduzido, a companhia não parou. Reinventamos a forma de fazer as coisas e este ano ficou de aprendizado. Neste processo de PDV, perdemos realmente um número grande de capacitadores, inclusive muitos colaboradores competentes. Aos que ficaram na empresa, planejamos recuperar o tempo perdido e fornecer capacitação para atender a grande demanda.
Com o quadro de empregados restringido, o senhor planeja a abertura de concurso público para 2021?
Sim, é a nossa meta fazer concurso público em 2021. Não se faz nada sem este pilar que é o recurso humano, pessoas. Estamos desenvolvendo um programa de capacitação e preparando um plano audacioso de treinamento.
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