CPI DA COVID: ‘O Brasil poderia ter sido o primeiro país a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços’ diz Covas
Por Sabrina Santos
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nessa quinta-feira (27). Durante o depoimento, Dimas respondeu os questionamentos dos parlamentares e contradisse o que foi relatado pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na semana passada. De acordo com Covas, as declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a compra da vacina, em outubro do ano passado, paralisaram as negociações entre o fornecedor e o Estado, até janeiro deste ano.
Na semana passada, Pazuello informou que nunca foi desautorizado pelo mandatário e também alegou que os discursos de Bolsonaro não atrapalharam as tratativas. Durante a CPI, o senador Marcos Rogério (DEM-RJ) exibiu um áudio vazado de uma reunião entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o diretor do instituto, em novembro de 2020. No áudio, Doria pede para o dirigente pressionar os chineses para acelerar o fornecimento de vacinas e também reclama dos ataques recebidos dos apoiadores de Bolsonaro. Dimas covas ainda ressaltou que o Butantan ofereceu ao Ministério da Saúde, um lote com 60 milhões de doses da vacina CoronaVac, para dezembro de 2020, mas o governo federal não mostrou interesse.
O Brasil poderia ter sido o primeiro país a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Da Redação