Exército tem até oito dias para decidir sobre punição de Pazzuelo
Por Carol Castro
Após o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello participar de uma motociata ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Rio de Janeiro no último domingo (23), o exército brasileiro terá até oito dias para decidir se o general será punido. O regimento proíbe que militares da ativa participem de atos políticos.
De acordo com informações da caserna militar, o código da corporação prevê que punições devem ser aplicadas levando em consideração a “honra pessoal: sentimento de dignidade própria, como o apreço e o respeito de que é objeto ou se torna merecedor o militar, perante seus superiores, pares e subordinados”, justificativa usada por Pazzuelo para se defender das críticas após a participação polêmica.
No início da semana, Bolsonaro proibiu o Exército e o Ministério da Defesa de se posicionarem em relação ao ex-ministro, solicitando que cumpram com o dever de garantir a liberdade da população.
A decisão do Exército não será influenciada por pressões externas, mas os militares esperam uma punição por entenderem que essa decisão impedirá que episódios semelhantes aconteçam no futuro e manchem a imagem das Forças Armadas.
Paulo Sérgio, general das Forças Armadas
Da Redação