‘Absurdo e ilógico’, diz Reguffe após Bolsonaro vetar projeto da quimioterapia oral
Por Sabrina Santos
O senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF) afirmou nesta terça-feira (27), que foi surpreendido com o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao Projeto de Lei n° 6330/2019, que tornaria obrigatória a cobertura de tratamentos domiciliares de uso oral contra o câncer pelos planos privados de saúde. De acordo com Reguffe, o mesmo concluiu que o mandatário não leu o projeto.
Para o parlamentar, o veto do presidente é “absurdo e ilógico”, já que o objetivo do projeto era facilitar o tratamento de milhares de pessoas com câncer. Segundo o senador, é mais confortável para um paciente se tratar em casa tomando um comprimido, do que passar por todo o processo de ir ao hospital e “tomar a quimioterapia na veia”. Além disso, Reguffe ainda ressaltou que o valor da internação chega a ser mais caro, do que o custo do medicamento para uso oral em casa.
Esse veto é um absurdo e ilógico, é um projeto que não gera um centavo de despesas aos cofres públicos. Hoje, os planos já têm que pagar o tratamento de quimioterapia oral, só que a Anvisa aprova o medicamento e a OMS demora de três a quatro anos para registrar esse medicamento. Três ou quatro anos para um paciente com câncer é tempo demais. O projeto só simplifica e desburocratiza, passando valer o registro na Anvisa, que também é uma agência reguladora do governo. Vamos trabalhar para derrubar esse veto.
José Antônio Reguffe, senador da República
Da Redação