NA LUPA: Na corrida ao Buriti, Ibaneis vê sua rejeição diminuir e se consolida na liderança
Por Fred Lima
Pesquisas de consumo interno encomendadas por partidos e grupos políticos da capital mostram a ligeira liderança do governador Ibaneis Rocha (MDB) na corrida ao Palácio do Buriti. O chefe do Executivo local, além de ver o início da queda de sua rejeição, goza de um conforto nos levantamentos que só poderá ser abalado em caso de acidente de percurso.
Como oito meses na política é uma eternidade em se tratando de ano eleitoral, muita coisa deve ocorrer até outubro. Ou nada. Tudo vai depender das alianças sendo costuradas, das cascas de banana que são jogadas pelos adversários e da eleição nacional. Sim, o pleito presidencial tende a influenciar a eleição do DF este ano.
Com a derrocada do bolsonarismo nas pesquisas divulgadas, o ideal seria Ibaneis começar a se afastar do presidente da República e optar pela neutralidade até o início da disputa. Até lá, o lulopetismo pode ganhar mais força e vencer até mesmo no primeiro turno.
Com a possibilidade de tal cenário se concretizar, o governador precisa desde já construir pontes até o ex-presidente Lula, lembrando que sua legenda, o MDB, deve apoiar o candidato petista em caso de segundo turno.
Flávia, Izalci, Leila e Reguffe
A ministra-chefe da Secretaria de Governo da presidência, Flávia Arruda (PL-DF), disputará o Senado, como acordado com Ibaneis. Somente em caso de desistência do emedebista, a deputada federal licenciada poderá concorrer ao Buriti.
Já o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) é, por enquanto, o único candidato da oposição que vai de fato brigar pelo governo. Desde o ano passado, o tucano se declarou postulante ao Executivo local. Seu desafio será se tornar popular nas regiões mais pobres do DF, que ainda o enxerga como um político da elite brasiliense, com discurso de difícil compreensão.
Eleita a senadora do DF mais votada de 2018, Leila Barros (Cidadania) corre o risco de ver a sua sigla se unir ao PSDB em uma federação, o que põe em xeque uma possível candidatura ao DF. Neste caso, Izalci e Leila teriam que chegar a um consenso para saber quem seria o candidato ao cargo. Ambos não têm nada a perder, visto que seus mandatos se encerram apenas em 2026.
Incógnita vive o senador Reguffe (Podemos-DF). O parlamentar ainda não sabe se disputará o governo ou Senado novamente. Não está descartado um retorno à Câmara dos Deputados, caso Flávia pontue melhor nas pesquisas até junho. Diferentemente de Izalci e Leila, Reguffe tem tudo a perder com o fim de seu mandato de senador. Por ter apenas 49 anos e manter um eleitorado fidelizado, o sonho de se tornar chefe do Buriti pode ser concretizado em 2026 ou 2030.
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