NA LUPA: Corrupção, golpe e tentativa de assassinato são crimes de igual gravidade
A democracia e o patrimônio público são pilares essenciais de uma sociedade civilizada. Ações que os colocam em risco devem ser condenadas com veemência, sem espaço para relativizações. No Brasil, um presidente e um ex-presidente simbolizam essas ameaças sob ângulos distintos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associado a escândalos de corrupção bilionária, e Jair Bolsonaro (PL), investigado por suposta incitação a golpe de Estado e possível envolvimento em tramas de assassinato de autoridades. Embora sejam crimes de naturezas diferentes, ambos têm consequências igualmente devastadoras.
O esquema de corrupção exposto pela Operação Lava Jato, conhecido como Petrolão, representou um grave ataque ao patrimônio público. Estatais como a Petrobras foram transformadas em engrenagens de um sistema de propinas que desviava bilhões de reais, prejudicando a economia nacional e contaminando o processo político. Além dos danos financeiros, o escândalo abalou profundamente a confiança da população nas instituições.
Os atos atribuídos a Bolsonaro representam sérias ameaças à ordem democrática. Os indícios são de envolvimento em articulações para deslegitimar as eleições, incitar a invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro e até planejar ataques contra opositores políticos. Supostas tentativas de golpe e práticas de assassinatos são afrontas diretas ao pacto social e colocam em risco a estabilidade do país.
Ambos os casos revelam um padrão de governança que prioriza interesses pessoais em detrimento do bem comum. O desvio de recursos de estatais compromete a capacidade do Estado de investir em serviços básicos e infraestrutura, prejudicando especialmente os mais vulneráveis. Já a articulação de golpes ou assassinatos visa destruir as bases de um sistema que garante o debate democrático e a alternância no poder.
O Petrolão, ao desviar bilhões de reais, alimentou um sistema político corroído que enfraqueceu a credibilidade da política. Já Bolsonaro, ao flertar com o golpismo e a violência, fortaleceu movimentos que ameaçam a liberdade e os direitos fundamentais.
O Brasil precisa de um compromisso firme e inadiável no combate a essas práticas. A defesa da democracia e do patrimônio público deve ser imparcial, pois ambos são pilares inseparáveis. Enquanto a corrupção enfraquece as instituições, o golpismo as ameaça de destruição completa.
Da Redação
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