Lula chega à metade de seu terceiro mandato com os mais pobres pressionados pela inflação
Na metade do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as famílias brasileiras de baixa renda continuam a enfrentar os efeitos devastadores da inflação, especialmente no custo dos alimentos, energia e transporte. Projeções apontam que 2024 deve fechar com uma alta de 10% nos preços dos alimentos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), agravando a já delicada situação das famílias que vivem com renda de até R$ 2.106. O impacto é mais severo entre os mais pobres, conforme estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em contraste com os grupos de maior renda, que conseguem absorver melhor as oscilações.
Os desafios econômicos são evidentes no cotidiano da população. Uma pesquisa MDA/CNT revelou que 86,9% dos brasileiros sentiram uma redução no poder de compra ao longo de 2024, enquanto 78,2% afirmaram ter dificuldades em manter despesas básicas como alimentação, transporte e moradia. Enquanto isso, o dólar segue em alta, já batendo R$ 6, e o mercado projeta aumentos futuros nos preços e na taxa de juros, alimentando a sensação de incerteza econômica. Para muitos, as explicações governamentais que atribuem a inflação a fatores como secas e enchentes parecem insuficientes diante do cenário de deterioração do poder aquisitivo.
Em meio à crise, o governo tenta se reposicionar. Em recente pronunciamento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, substituiu Lula ao anunciar um possível alívio fiscal para a classe média com a promessa de desconto no Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Contudo, o apelo à “fé” feito pelo ministro foi recebido com ceticismo, gerando especulações sobre a ausência de Lula e evidenciando a crise de confiança que ameaça a credibilidade do governo. No horizonte, a pressão por respostas concretas aumenta à medida que o impacto inflacionário segue corroendo a renda dos brasileiros.
Da Redação
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