NA LUPA: Veras e Kokay, prováveis candidatos ao governo de Brasília, votam contra… a própria Brasília
A esquerda brasiliense na Câmara dos Deputados, representada pelos deputados federais Reginaldo Veras (PV) e Érika Kokay (PT), optou pela subserviência ideológica ao Planalto, em vez de priorizar a população do Distrito Federal. Dos oito deputados federais que compõem a bancada da capital do país, apenas Veras e Kokay manifestaram oposição ao relatório que alterou o texto original proposto pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), referente ao Fundo Constitucional do DF.
O Projeto de Lei nº 4.614/2024, parte do pacote de cortes de gastos do governo, propunha mudar o critério de cálculo do Fundo. A ideia era que o reajuste passasse a ser baseado na inflação, em vez da variação da receita corrente líquida. No entanto, cálculos do próprio governo federal mostraram que essa alteração reduziria em R$ 800 milhões os recursos destinados à capital já no primeiro ano. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator da proposta na Câmara, apresentou um texto final que excluiu essas mudanças no FCDF, mantendo o critério atual.
Na contramão dos demais parlamentares do DF, Reginaldo e Érika, que podem ser candidatos ao Buriti em 2026, resolveram destoar da maioria e embarcar no Titanic que pode significar o fim de suas carreiras políticas. Diferentemente de nomes da direita, que possuem espólio eleitoral em outros estados — como a senadora Damares Alves e o governador Tarcísio de Freitas, ambos do Republicanos —, a dupla que votou contra Brasília não é conhecida além das fronteiras do Distrito Federal.
Restará, talvez, apenas a disputa por uma eleição de síndico ou de alguma entidade da sociedade civil, já que, para cargos no Executivo e Legislativo local, os próprios eleitores de esquerda — que entendem a importância do FCDF para a capital — certamente darão sua resposta nas urnas contra Veras e Kokay.
Da Redação
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