
Foto: Renato Alves/ Agência Brasília
Greve dos professores no DF ignora avanços e revela uso político do Sinpro, diz Ibaneis
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), classificou como “pura política” a greve por tempo indeterminado anunciada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), com início previsto para segunda-feira, 2 de junho. Segundo ele, o movimento desconsidera os avanços recentes concedidos à categoria e prejudica alunos e famílias da rede pública.
“O GDF ainda está pagando o acordo firmado na última greve. Nunca os professores foram tão bem atendidos”, afirmou Ibaneis. Para o governador, a paralisação ignora compromissos em andamento e prioriza interesses políticos. “É uma pena que não pensem nas nossas crianças e nas famílias”, disse.
A última paralisação, em 2023, durou 22 dias e terminou com um acordo de 17 pontos, incluindo a incorporação de gratificações em seis parcelas até 2026. Além disso, o governo concedeu reajuste linear de 18% a todos os servidores, em três etapas. A última parcela será paga em julho de 2025.
Mesmo com esses avanços, o Sinpro-DF reivindica novo reajuste de 19,8%, reestruturação do plano de carreira e mudanças nas regras para progressão salarial. A categoria também quer dobrar o percentual de gratificação por titulação para quem possui especialização, mestrado ou doutorado — proposta que representaria impacto direto nos cofres públicos.
A insistência do sindicato em novos aumentos, apesar dos reajustes já em curso, levanta questionamentos sobre a motivação real do movimento. Em ano pré-eleitoral e com acordos em vigência, a mobilização pode se tornar instrumento de pressão política, em detrimento do interesse dos estudantes.
A greve, definida em assembleia no dia 27 de maio, afeta uma rede com mais de 450 mil alunos.
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