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Caiado: ‘Tarifa dos EUA exige ação nacional, não discurso ideológico’
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil‑GO) classificou como um fracasso a condução do governo federal diante da crise comercial com os Estados Unidos. Para ele, a ameaça de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros não pode ser tratada sob um prisma ideológico ou partidário.
Caiado afirmou que o momento exige articulação entre União, Estados e setor produtivo. Defende uma reunião urgente do Fórum de Governadores, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, para debater estratégias conjuntas.
O governador considera que o Brasil não pode perder uma parceria estratégica como a dos Estados Unidos e criticou a ausência de medidas concretas por parte do Palácio do Planalto. Segundo ele, o governo prefere manter um discurso populista em vez de adotar ações efetivas para preservar as exportações nacionais.
Ele também comparou a postura do presidente com políticas adotadas por regimes autoritários da América Latina. Para Caiado, a crise está sendo explorada politicamente e revela despreparo diplomático do atual governo.
No âmbito estadual, o governo de Goiás anunciou a criação de linhas de crédito para apoiar empresas afetadas. Caiado sugere que outros Estados façam o mesmo.
A medida dos EUA, que pode entrar em vigor no dia 1º de agosto, impacta setores como agronegócio, bebidas, produtos industrializados e tecnologia. O governo federal tenta reverter o aumento tarifário por meio de canais diplomáticos e ameaça recorrer à retaliação comercial, caso não haja recuo.
Caiado, por sua vez, avalia que a falta de diálogo com o Congresso, os governadores e os empresários amplia o isolamento do país no cenário internacional. Para ele, é necessário reposicionar a diplomacia brasileira com foco técnico, e não político.
A crise comercial, ainda em curso, expõe divisões internas sobre como reagir ao endurecimento das relações com os Estados Unidos. Governadores de outros Estados também manifestaram apoio a uma resposta mais pragmática e integrada.
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