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Para 40% dos eleitores, governo Lula é pior do que o de Bolsonaro, aponta pesquisa
Levantamento realizado entre os dias 26 e 28 de julho mostra que 40% dos brasileiros consideram que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é pior do que o de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
Outros 33% avaliam que a gestão atual é melhor, enquanto 24% a veem como igual à anterior. Em maio, a diferença entre os que consideravam o governo Lula pior e os que o achavam melhor era de 15 pontos; agora, essa distância caiu para sete.
A pesquisa entrevistou 2.500 pessoas em 182 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Entre os que declararam voto em Lula em 2022, 57% avaliam sua gestão como melhor, 13% afirmam que está pior e 28% dizem que é igual à anterior. Entre os eleitores de Bolsonaro, 78% consideram o governo Lula pior, 7% acham melhor e 14% o veem como semelhante ao de Bolsonaro.
Pesquisas anteriores já indicavam tendência de desgaste. Em junho, mais da metade dos entrevistados declarou reprovar o atual governo. Foi o maior índice de desaprovação desde o início do terceiro mandato de Lula.
Em outro levantamento realizado no mesmo período, 44% dos brasileiros afirmaram que a gestão atual está abaixo dos dois primeiros mandatos do presidente. Apenas 20% consideraram que houve melhora.
Outro indicador apontou que 43,1% dos entrevistados viam o governo atual como inferior ao de Bolsonaro, enquanto 34,4% avaliavam que é melhor e 20,5% o consideravam semelhante.
A comparação direta entre Lula e Bolsonaro tem se mantido presente na opinião pública. Mesmo entre eleitores do atual presidente, uma parcela significativa tem demonstrado frustração. No grupo bolsonarista, a rejeição ao governo petista continua alta. A leve redução nas avaliações negativas pode indicar uma estabilização na percepção, mas ainda sem sinal claro de recuperação.
O percentual que considera os dois governos iguais também chama atenção. Sugere que, para parte do eleitorado, as mudanças prometidas não se concretizaram de forma perceptível.
A pesquisa mais recente foi feita por telefone com 2.500 pessoas em 182 municípios, entre 26 e 28 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de nível de confiança. Outras sondagens citadas utilizaram entrevistas presenciais, com amostras semelhantes e margens de erro em torno de dois pontos percentuais.
Quase dois anos após a eleição, o governo Lula ainda enfrenta comparações desfavoráveis com seu antecessor. Apesar de sinais de estabilização, a percepção de parte do eleitorado permanece crítica. O desafio do Planalto será reverter essa tendência com entregas concretas em áreas sensíveis, como inflação, emprego e segurança pública. A recuperação da confiança depende, sobretudo, de resultados visíveis e consistentes.
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