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Zambelli enfrenta audiência de custódia na Itália e pode pedir asilo político
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) participa nesta sexta-feira, 1º de agosto, de uma audiência de custódia em Roma. Detida desde 29 de julho, ela está presa no complexo feminino de Rebibbia, onde aguarda definição judicial sobre sua situação.
A audiência foi marcada para decidir se Zambelli permanecerá presa ou se poderá responder ao processo em liberdade, com medidas cautelares como prisão domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica.
A defesa sustenta que a parlamentar tem quadro de saúde delicado e estaria sem acesso à medicação de uso contínuo. Segundo seus advogados, a ausência dos remédios representa risco grave à sua saúde nas próximas 48 horas. Outro argumento é de que não há risco de fuga, já que Zambelli integra a lista vermelha da Interpol.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos e 4 meses de prisão por invasão de dispositivo eletrônico, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema do Poder Judiciário. A extradição foi solicitada formalmente pelo governo brasileiro no fim de junho.
Ela deixou o Brasil no final de maio, após a sentença ser confirmada. Foi localizada em Roma, na casa de uma brasileira, no bairro Aurélio. As autoridades italianas também investigam se a pessoa que lhe deu abrigo cometeu crime de favorecimento pessoal.
A deputada pretende solicitar asilo político, alegando perseguição. A defesa usará o argumento de que Zambelli tem cidadania italiana e estaria sendo punida por motivos políticos. Juristas ouvidos por sua equipe admitem, no entanto, que as chances de o pedido ser aceito são baixas. A condenação foi por crime comum, com sentença transitada em julgado.
O processo de extradição tramita na Corte de Apelação de Roma. A decisão pode ser contestada no Tribunal de Cassação. A palavra final caberá ao Ministério da Justiça da Itália.
Caso a prisão seja mantida, Zambelli deverá continuar detida até o fim dos trâmites. Se for libertada, poderá aguardar sob vigilância. A possibilidade de interferência política no caso é acompanhada com atenção por autoridades brasileiras.
O desenrolar da audiência deve definir os rumos imediatos da deputada. A defesa aposta em uma mudança no regime de custódia para preparar o recurso contra a extradição e reforçar o pedido de asilo político.
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