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Na Lupa: Quem tem esse Gim no copo não precisa de inimigos

Quando estava em alta, o então senador Gim Argello costumava ser o companheiro de caminhadas matinais da presidente Dilma Rousseff (PT). Gim transitava com facilidade no Planalto e era elo entre Dilma e o Senado.

Com a eclosão da Lava Jato, o prestigiado senador foi parar no xilindró por ser acusado de embolsar R$ 7,35 milhões em propinas de empreiteiras, como a UTC e a OAS, para blindar executivos em CPIs da Petrobras.

Condenado a 19 anos, ele ficou por três anos na cadeia. Teve a sentença anulada pelo Superior Tribunal e Justiça, em 2022, e o processo arquivado no Tribunal Regional Eleitoral-DF, em 2024, recuperando a elegibilidade.

Agora, com as bênçãos do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), Gim quer retornar às urnas em 2026, como se nada tivesse acontecido.

É mais uma tentativa de brincar com a inteligência do eleitor, como vem fazendo Arruda. Para piorar, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o ex-deputado Júnior Brunelli (aquele que orou para que “Deus” continuasse a derramar propinas na cidade) também querem regressar às urnas.

No ano que vem, Brasília terá a chance de escolher entre permanecer na página da ética pública e da eficiência administrativa ou, então, retornar ao capítulo do terror, quando a cidade foi parar nas páginas policiais dos grandes jornais do país, devido aos sucessivos escândalos de corrupção que essa turma proporcionou.

Da Redação

Fred Lima

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