Senado: Damares critica decisão judicial que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou nesta segunda-feira (3), em discurso no Plenário, que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem motivação política. Para ela, as restrições determinadas pela Justiça limitam a atividade política do ex-chefe do Executivo.

Damares voltou a atacar a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A senadora disse que as proibições de uso de redes sociais, concessão de entrevistas e realização de reuniões configuram censura à comunicação. Questionou ainda quais medidas cautelares teriam sido descumpridas por Bolsonaro para justificar o endurecimento.

“A primeira medida imposta a Bolsonaro foi a de não utilizar as redes sociais ou conceder entrevistas”, afirmou. Ela criticou também a vedação a reuniões políticas e a contatos com autoridades estrangeiras. “Por que restringir a comunicação do ex-presidente?”, disse, ao sustentar que a atividade política envolve encontros e diálogo.

A parlamentar associou o caso ao conceito de lawfare (uso de instrumentos jurídicos para atingir adversários). Mencionou supostos vazamentos seletivos e acusações sem provas consistentes. Segundo Damares, tais práticas abriram “precedentes perigosos” que exigem reação do Congresso.

A senadora declarou que trabalha para ampliar a representação conservadora no Parlamento. Disse que a mobilização visa garantir que “a vontade e a soberania do povo” sejam respeitadas. “A vontade do povo deve prevalecer, e a vontade do povo é Bolsonaro livre e elegível”, concluiu.

O gabinete de Moraes e o STF não haviam se manifestado até a publicação deste texto. A defesa de Bolsonaro também não foi localizada. Caso haja respostas, este conteúdo será atualizado.

Da Redação

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Fred Lima

Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pelo Centro Universitário ICESP e mestrando em Comunicação pela Universidade Católica de Brasília, Fred Lima tem passagem por assessoria de imprensa, redação e rádio. Em julho de 2014, lançou o blog que leva o seu nome, sendo substituído pelo portal Lupa Política. Em 2016 e 2017, presidiu a Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP), entidade que representa os blogs e portais de notícias do país.

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