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Eleições 2026: Sete nomes seguem para a vice de Daniel Vilela em Goiás

O presidente da Faeg e ex-deputado federal José Mário Schreiner é hoje o nome mais forte para vice na chapa do pré-candidato ao governo de Goiás pelo MDB, Daniel Vilela. O favoritismo se sustenta desde as primeiras conversas e resiste aos movimentos de bastidor. A escolha, porém, encontra um obstáculo simples e decisivo: a vaga tende a caber a uma sigla aliada, para somar tempo de TV e recursos do fundo eleitoral.

Filiado ao MDB, Schreiner teria de migrar. Duas portas estão entreabertas: União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, e PL, legenda de Gustavo Gayer e do senador Wilder Morais. A filiação ao UB consolidaria a aliança no campo governista. A ida ao PL entregaria um vice com apelo conservador e musculatura nacional. Em ambos os casos, o agro, sua base natural, permanece no centro da equação.

A definição ficará para 2026, entre março e abril, período das filiações partidárias. A palavra final será de Ronaldo Caiado, fiador da montagem da chapa. Até lá, prevalece o cálculo frio que move campanhas: quem agrega voto, estrutura e palanque regional. O critério é prático e não abre margem para sentimentalismos.

Schreiner larga em primeiro porque fala direto ao produtor rural e circula bem nos municípios. Tem trânsito em Brasília, conhece o orçamento e mantém vínculos com cooperativas e entidades do setor. Em um Estado que respira agronegócio, essa ponte rende capilaridade e narrativa. Se vier com UB ou PL, leva também o peso da sigla e reforça a contabilidade da coligação.

O tabuleiro, no entanto, não tem peça única. Outros nomes seguem no páreo e não foram descartados: Adriano Rocha Lima, Bruno Peixoto, Diego Sorgatto, Gustavo Mendanha, Luiz Carlos do Carmo, Paulo do Vale e Pedro Sales. São perfis distintos, com lastros técnicos e eleitorais. Servem para compor, equilibrar regiões e oferecer alternativas caso as negociações mudem de rumo.

Adriano Rocha Lima é associado à modernização da máquina estadual, o que credencia sua imagem de gestor. Bruno Peixoto preside a Assembleia e mira Brasília, mas sua presença nas conversas aproxima o Legislativo. Diego Sorgatto, reeleito em Luziânia, tende a concluir o mandato, o que reduz a chance de saída agora. Mendanha cogita o Senado e representa Aparecida de Goiânia, segundo maior colégio eleitoral do Estado.

Luiz Carlos do Carmo exibe experiência e laços com a Assembleia de Deus. Paulo do Vale, de Rio Verde, articula o Sudoeste e fala ao agro, atributo que o alinha ao espírito da chapa. Pedro Sales ganhou vitrine com a recuperação de rodovias e a melhora técnica das obras — em trechos, com uso de concreto —, mas sinaliza que pode disputar vaga de deputado federal. Cada um oferece algo diferente à soma final.

A lógica que pesa é a da “vice que entrega”. Nome conhecido ajuda, mas não resolve se vier sem partido disposto a abrir mão de tempo e dinheiro. Em campanhas competitivas, o vice ideal é o que costura regiões, traz militância, fecha alianças e reduz riscos jurídicos. A foto da convenção costuma ser menos importante que a planilha que a antecede.

Até a janela de 2026, as conversas permanecerão discretas. Prefeitos encerram mandatos, deputados ajustam rumos, dirigentes medem forças. Schreiner mantém a dianteira e corre por dentro. A chegada dependerá do partido que vier junto e do que a coligação precisar para completar o desenho. No fim, a matemática partidária decidirá o que o favoritismo, sozinho, não garante.

Da Redação

Fred Lima

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