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Bolsonaro pede metade das cadeiras no Congresso e diz que mudará o Brasil

Em manifestação sob o lema “Justiça Já”, na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro (PL), ex‑presidente da República inelegível até 2030, conclamou seus apoiadores a eleger metade dos deputados e senadores nas eleições de 2026. Segundo ele, com essa maioria, será possível escolher os presidentes da Câmara e do Senado, dominar as comissões-chaves e indicar dirigentes para órgãos como o Banco Central e agências reguladoras.

“Se vocês me derem 50 % da Câmara e 50 % do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, declarou, ressaltando que não precisa reassumir a Presidência para exercer influência decisiva. Ele afirmou que, mesmo “no além”, quem liderar o Congresso poderá pautar o Executivo.

Todos os poderes
Bolsonaro destacou que um Congresso fortalecido pode ditar rumos, independentemente do ocupante do Planalto. “Não importa onde eu esteja — quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente”, afirmou. Ele também destacou que continuará ativo dentro do PL como presidente de honra — papel que, segundo ele, basta para manter seu projeto político.

Anistia, STF e ameaças
O ex‑presidente defendeu ainda uma anistia para os mais de mil presos pelos atos de 8 de janeiro, a qual classificou como “remédio previsto na Constituição” e contribuição à “pacificação” do país. Rejeitou a ideia de golpe, dizendo que faltaram armas e apoio militar: “Golpe são as Forças Armadas, o núcleo financeiro…”, ironizou.

Crítico do STF, Bolsonaro colocou seus ministros como “tiranos” e destacou que o objetivo do processo não é prisão, mas “eliminar” seus opositores. Ele disse que teme ser perseguido pela Justiça, mas garantiu que sua maior preocupação, no momento, é reunir força no Congresso para seguir influente na política.

Aliados e público
Aproximadamente 12 mil pessoas se reuniram na Avenida Paulista, criando um cenário de apoio e expectativa em torno do ex-presidente. Contou com a presença de parlamentares, ex‑ministros e quatro governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Rep.), cotado para disputar a Presidência em 2026. Flávio Bolsonaro (PL‑RJ), senador e filho, participou do ato.

Da Redação

Fred Lima

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