Foto: Adriano Machado/Reuters

Operação contra Bolsonaro gera reações intensas entre aliados e opositores

A operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e atingiu também a sede do PL, em Brasília, provocou forte reação no meio político. As medidas foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal e incluem tornozeleira eletrônica, restrições de comunicação e uso de redes sociais.

Aliados do ex-presidente classificaram a ação como uma tentativa de humilhação. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que as medidas atingem diretamente a família e demonstram perseguição. Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou as restrições impostas, comparando o episódio a práticas autoritárias. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) chamou a decisão de censura e perseguição. Para Nikolas Ferreira (PL-MG), a operação lembra regimes autoritários da América Latina.

Parlamentares governistas, por outro lado, elogiaram a atuação das autoridades. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que se trata de um momento de justiça. Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou que o ex-presidente deverá responder por seus atos, enquanto Sâmia Bonfim (PSOL-SP) defendeu a prisão de Bolsonaro. A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) o chamou de traidor da pátria.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou que a tornozeleira eletrônica dificulta qualquer tentativa de fuga. A defesa de Bolsonaro divulgou nota afirmando surpresa e indignação, alegando que o ex-presidente tem cumprido todas as determinações da Justiça.

A operação ocorre no contexto das investigações sobre tentativa de golpe e ataques à democracia. O episódio reforça a tensão política em um cenário eleitoral já polarizado às vésperas de 2026.

Da Redação

Fred Lima

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