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Aliados de Tarcísio veem Bolsonaro adiando anúncio de candidato em 2026
Aliados do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) avaliam que Jair Bolsonaro (PL) deve adiar o anúncio do candidato da direita ao Planalto para perto de julho de 2026. A leitura no grupo é que a definição ficará para a véspera da campanha. O cálculo preserva a influência do ex-presidente e reduz desgastes antecipados.
A indefinição trava movimentos em São Paulo. Sem aval explícito, Tarcísio tende a priorizar a reeleição. Interlocutores próximos afirmam que o governador não deseja romper com Bolsonaro. O cronograma eleitoral do estado, contudo, exige decisões ainda no primeiro semestre de 2026.
Há divisão entre partidos do entorno. Dirigentes do PL sustentam que “quem decide é Bolsonaro”. No PP, lideranças defendiam escolha até dezembro. A posição enfrentou resistência da família Bolsonaro. O impasse abriu espaço para articulações paralelas.
Nesse vácuo, outros nomes circulam. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é citado como alternativa. Sua viabilidade, porém, depende de costura com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Setores do PP e do próprio PL também testam quadros regionais.
Aliados de Bolsonaro apontam dois motivos para segurar o anúncio. Um lançamento precoce poderia dispersar a mobilização pela pauta da anistia no Congresso. Além disso, antecipar a escolha exporia o indicado a ataques por mais tempo. O atraso manteria a base unida em torno do ex-presidente.
O contexto jurídico pesa. Bolsonaro está inelegível por oito anos por decisão do TSE. Isso o coloca no papel de fiador de um nome competitivo, não de candidato. A condição reforça a estratégia de alongar o processo e medir forças nos estados.
Para Tarcísio, o relógio corre. Uma decisão tardia pode comprometer alianças e planejamento de campanha no maior colégio eleitoral do país. Por outro lado, uma ruptura precoce com Bolsonaro teria custos políticos altos.
O que está em jogo é o comando do bloco de direita em 2026. A postergação preserva o capital de Bolsonaro e adia fissuras internas. Em contrapartida, mantém governadores e partidos em compasso de espera, com risco de movimentos descoordenados.
A expectativa, hoje, é de conversas discretas ao longo do primeiro semestre de 2026 e costura final no meio do ano. Até lá, seguirá a disputa silenciosa por espaço, palanques e recursos, enquanto o tabuleiro testa nomes e alianças.
Da Redação
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