Análise sobre o Direito de Resposta da deputada Erika Kokay
Por Fred Lima
Primeiramente, a deputada se refere ao Jornal de Brasília como “num jornal de Brasília”. Com quase 50 anos de existência, o veículo merecia um pouco mais de respeito pela forma pejorativa em que foi tratado. Conforme a matéria, o JBr seguiu à risca as regras básicas do bom jornalismo ao publicar uma denúncia, como ouvir os dois lados. A Redação diz que entrou em contato com a assessoria de imprensa da parlamentar, mas alegou que não houve retorno até o fechamento da edição.
O primeiro item do Direito de Resposta diz que “a denúncia é improcedente”. Ok. A deputada tem todo o direito do contraditório e ampla defesa. No entanto, a resposta foi muito evasiva.
Logo a seguir, a petista alega que as contribuições da ex-servidora eram voluntárias e destinadas ao PT – seria o famoso “dízimo”? O problema é que, até o momento, não existe e-mail, gravação ou qualquer coisa que comprove que se tratava de algo voluntário, não obrigatório.
No terceiro item, Erika diz que os órgãos investigativos só tomaram conhecimento da acusação após ela denunciar à Polícia Civil, em 2010, uma tentativa de extorsão. Agora, a pergunta que não quer calar: a então distrital fez a denúncia para sair na frente e posar de vítima ou por que previa que Vânia Gomes poderia mudar toda a história a seu favor?
De acordo com a parlamentar, a testemunha em depoimento na última sexta-feira (9) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) entrou em contradição em relação aos depoimentos anteriores. Como o Blog do Fred Lima não esteve presente durante o depoimento, prefere então não fazer qualquer comentário nesse sentido. Porém, o espaço está aberto para eventuais manifestações por parte da depoente.
Por último, como de praxe de todo acusado, Kokay diz ter convicção de que a verdade e a Justiça irão prevalecer.
Com a palavra, o TJDFT.
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