NAS ENTRELINHAS: Bolsonaro não deveria repetir pedido de Collor em 1992
Por Fred Lima
Ao pedir para a população vestir verde e amarelo no Dia da Independência, em 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) repetiu um gesto cujo resultado é uma incógnita. Diferentemente do então presidente Fernando Collor em 1992, o chefe do Executivo goza de uma popularidade confortável, apesar de seu governo ser mais mal avaliado que os de Fernando Henrique, Lula e Dilma no primeiro ano de mandato, segundo pesquisa do Datafolha.
Mesmo que Bolsonaro não dê crédito ao levantamento, a prudência deveria falar mais alto, como diz a atriz australiana Anne Lambert:
A principal prudência consiste em desconfiarmos de nós próprios mais do que dos outros.
O Plano Collor, que incluiu o confisco das cadernetas de poupança, foi um fiasco, mas, a princípio, obteve apoio do Congresso e de boa parte da população. A Reforma da Previdência foi aprovada pela Câmara dos Deputados, porém, é odiada pelos movimentos sociais.
O que poderá acontecer no próximo sábado é os “bolsominions” não seguirem com entusiasmo o pedido do presidente, enquanto a esquerda repete o mesmo ato de 27 anos atrás, saindo às ruas de preto. Com o apoio da imprensa marrom, o barulho pode chamar a atenção da comunidade internacional por causa dos incêndios na Amazônia.
Ato que não deu certo, não se repete, independentemente da conjuntura.
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