NAS ENTRELINHAS: A lupa em Agaciel
Por Fred Lima
No dia 13/7/2019, o Blog do Fred Lima publicou o artigo: A ‘bala perdida’ em Agaciel’. Segue parte do texto:
No meio policial, uma investigação muitas vezes abre brecha para outra ainda maior. Foi o que aconteceu no dia 4 de julho, na Câmara Legislativa do DF. Cumprindo mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado Robério Negreiros (PSD) e na Diretoria Legislativa da Casa, agentes da Polícia Civil acabaram acertando outro alvo: Agaciel Maia (PR).
Canhotos de cheques nominais a Agaciel foram encontrados em uma das gavetas da mesa do diretor-legislativo da CLDF, Arlécio Alexandre Gazal. O total chega a R$ 300 mil. Além dos canhotos, foi apreendido um contrato de compra e venda de uma residência no litoral do Rio Grande do Norte, que seria de propriedade do deputado. O imóvel foi repassado a Gazal em uma provável transação financeira no valor de R$ 500 mil.
Comento
Após a descoberta de canhotos de cheques nominais a Agaciel, os investigadores solicitaram quebra dos sigilos bancário e fiscal do distrital, conforme matéria publicada pelo portal Metrópoles.
Agaciel Maia pode estar diante do maior inferno astral de sua vida, até mesmo superior ao escândalo dos “atos secretos” que lhe custou o cargo de diretor-geral do Senado. A evolução patrimonial do parlamentar mais do que dobrou desde 2010, ano em que ele venceu a primeira eleição à CLDF.
Ao Metrópoles, Agaciel afirmou que seu patrimônio “(…) foi todo constituído de fonte comprovada e oficial. Não tenho sigilo em nada. Só tenho conta bancária em órgãos de governo (CEF e BRB), só tenho um único telefone há 30 anos. Hoje, tenho 61 anos e trabalho desde os 18 anos. Ninguém precisa quebrar meu sigilo, eu mesmo autorizo”, disse. “Há 42 anos, a Receita Federal aprova minha Declaração de Imposto de Renda, nunca tive qualquer ressalva, por ter sua constituição só de recursos oficiais, com fontes comprovadas”, concluiu.
Agora, a pergunta que não quer calar: o que canhotos de cheques nominais a Agaciel Maia estavam fazendo em uma das gavetas da mesa do diretor-legislativo da CLDF?
Com a palavra, a Polícia Civil.
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