‘Não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas’, diz Ricardo Barros sobre aquisição da Covaxin
Por Carol Castro
Com a repercussão de polêmicas relacionadas às denúncias de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou sobre o assunto, nesta segunda-feira (28), após perceber a relação do líder de seu governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) com o grupo que negociou a venda do imunizante. “Mais uma desse cara. Eu não aguento mais”, disse o mandatário.
Segundo o chefe da divisão de importação da Saúde, deputado Luis Ricardo Miranda (DEM-DF), as suspeitas de irregularidades estariam sido levantadas desde março, o que acabou levando Bolsonaro ao centro das apurações da CPI recentemente.
Ainda de acordo com Miranda, o presidente teria recebido recortes de notícias que apontavam que a Global Gestão em Saúde, empresa que recebeu R$ 20 milhões como pagamento na época da gestão de Barros no ministério, não havia realizado a entrega dos medicamentos prometidos. O deputado afirmou que o presidente da República desconhece os detalhes da compra da vacina indiana, negociada a US$15.
O outro lado da história
Em contrapartida, Ricardo Barros (PP-PR) rebateu tais suspeitas apresentadas na CPI da covid no Senado em nota. Por sua vez, o governo federal avalia anular o contrato da Covaxin antes mesmo que as doses do imunizante cheguem em solo brasileiro.
Fica evidente que não há dados concretos ou mesmo acusações objetivas, inclusive pelas entrevistas dadas no fim de semana pelos próprios irmãos Miranda. Assim, reafirmo minha disposição de prestar os esclarecimentos à CPI da Covid e demonstrar que não há qualquer envolvimento meu no contrato de aquisição da Covaxin.
Ricardo Barros, líder do governo no Congresso Nacional
Da Redação