Guedes sobre Auxílio Brasil: ‘Sem fonte, fomos empurrados para um programa transitório’
Por Sabrina Santos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nessa quinta-feira (11) que o programa Auxílio Brasil ainda não tem fonte permanente de custeio e que até o momento ele é transitório. Segundo o ministro, estava tudo programado para o programa ser de R$ 300, respeitando o teto de gastos e tendo como fonte os recursos oriundos de mudanças no Imposto de Renda (IR), mas o valor foi ampliado para R$ 100 e a questão ainda está parada no Senado Federal.
Guedes reforçou que é preciso achar uma fonte permanente para o programa e relatou que faria uma reforma administrativa na Câmara e a tentaria a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado até o final deste ano para manter “os fundamentos fiscais sólidos”. O ministro ainda ressaltou que os programas sociais devem começar antes do ano eleitoral.
Embaixo da lei de responsabilidade fiscal, dentro do teto e com a fonte que seria o IR. Bloquearam o IR, ele foi aprovado na Câmara dos Deputados, não avançou ainda no Senado. Sem a fonte, isso não permite a criação de um programa permanente, então nós fomos empurrados para um programa transitório. (..) Eu faria uma reforma administrativa agora na Câmara, tentaria aprovar os precatórios no Senado esse ano ainda. O ano que vem temos [privatização dos] Correios, temos [privatização da] Eletrobras, isso aí não tem problema nenhum fazer em janeiro, fevereiro, março, o que você tem que aprovar agora são os programas sociais, porque tem que entrar rodando esse ano, não pode criar em ano eleitoral.
Paulo Guedes, ministro da Economia
Da Redação