Foto: Reprodução/Instagram

NA LUPA: ‘Nômade’ Cappelli samba na cara do eleitor ao promover festa sob suspeita de propaganda eleitoral antecipada

Nessa terça-feira (11), o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-interventor na Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, realizou, no Clube do Choro, em Brasília-DF, o evento “Sambão do Cappelli”, em comemoração ao seu aniversário de 53 anos. A atração contou com a participação de 1.500 convidados, incluindo nomes da esquerda brasiliense, como os deputados federais Erika Kokay (PT) e Reginaldo Veras (PV). A grande incógnita que não foi esclarecida é quem custeou a entrada gratuita, que incluía bebidas, artistas e bandas, possivelmente com o intuito de promover politicamente o nome de Cappelli.

De acordo com a legislação brasileira, a realização de propaganda eleitoral antes do início oficial da campanha é considerada crime. Além disso, atos que envolvem a oferta de bens ou serviços gratuitos podem ser classificados como captação ilícita de votos, estando sujeitos à investigação por parte da Justiça Eleitoral. A multa varia entre R$ 5.000 e R$ 25.000, podendo levar à impugnação da candidatura.

Alçado a pré-candidato ao Buriti pelo PSB, com as bênçãos do ex-governador Rodrigo Rollemberg, Cappelli tenta se tornar conhecido na cidade. Em janeiro, anunciou a intenção de morar entre sete e dez dias em cada região administrativa do DF. Começou pelo Sol Nascente, pedindo aos moradores que o recebessem em suas residências. “Tô saindo de casa. Tem vaga na sua? Rs”, dizia o título do vídeo publicado em suas redes sociais, que se tornou motivo de chacota entre a classe política da capital.

Ao distribuir cerveja e promover show gratuito, além de adotar um estilo de vida “nômade” para se aproximar do eleitor, Ricardo Cappelli revela uma faceta do populismo que se assemelha à política do “Pão e Circo”, encontrada nos grotões do país ou nos antigos coliseus romanos.

Da Redação

Fred Lima

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