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NA LUPA: Ao ser inocentado por Moraes, Ibaneis foi condenado pelo ‘juiz’ Lula antes da sentença
Ao acusar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de ter sido “cúmplice” e “conivente” com os atos de 8 de janeiro no documentário da GloboNews lançado no ano passado, o presidente Lula (PT) se antecipou à Justiça em nome do processo eleitoral de 2026, quando tentará ressuscitar a esquerda brasiliense.
Com o arquivamento do inquérito que investigava o chefe do Buriti por suposta omissão nos ataques às sedes dos Três Poderes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) nessa quarta-feira (5) e colocou definitivamente uma pedra sobre o assunto. Além disso, tanto Lula quanto qualquer outro que venha a acusar o governador de omissão ou cumplicidade com os vândalos antidemocráticos poderão ser processados a partir de agora, com base na decisão da Suprema Corte.
Considerado um outsider na política, oriundo da advocacia da capital, onde ocupou o cargo de presidente da OAB/DF, seria muita pretensão eleitoreira imaginar que Ibaneis estivesse envolvido na tentativa de um suposto golpe de Estado que derrubaria o Estado Democrático de Direito – um dos pilares do exercício da profissão de advogado.
De perfil político alinhado ao espectro de centro-direita, o que difere bastante da extrema-direita, o governador do DF manteve com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) uma relação discordante em determinados momentos, como no início da pandemia, quando divergiu da condução do enfrentamento ao coronavírus. Naquele período, Ibaneis declarou que João Doria, então governador de São Paulo, adotou as medidas adequadas. “Bolsonaro tem enviado mensagens contraditórias desde o início do mandato. Tenho procurado não politizar a questão, mas ele tem direcionado muito para esse lado. O que percebo é que Doria demonstra grande preocupação e, a meu ver, não está equivocado. Ele está seguindo o caminho certo”, afirmou na época.
O apoio de Ibaneis a Bolsonaro durante a campanha de 2022 foi motivado principalmente pelos esforços do então presidente nos bastidores para persuadir o ex-governador José Roberto Arruda a desistir de sua pré-candidatura ao Buriti, e não por um alinhamento ideológico. Por esse motivo, imaginar que o chefe do Executivo local tenha feito um pacto com o mandatário do país para implantar um golpe de Estado de viés ditatorial chega a ser estapafúrdio, para não dizer cômico.
Ao analisar a atuação do então juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato, Ibaneis o chamou de “maior farsante do Judiciário brasileiro” durante sessão solene de entrega do título de Cidadão Honorário de Brasília ao ministro Cristiano Zanin. O governador se referia à forma de atuação do magistrado, que conseguiu superar até as ditaduras militares do Brasil. “Humilhava aqueles que estavam como réus e os advogados com as atitudes mais escandalosas e ilegais que nós, como advogados, podemos vivenciar”, afirmou.
Ao se colocar como vítima da parcialidade de Moro, Lula incorporou o ex-juiz – quem diria? – e quis “condenar” Ibaneis, batendo o malhete sem julgamento, baseado apenas em achismos e teorias conspiratórias fabricadas no submundo da esquerda do DF.
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