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Moraes mantém prisão preventiva de Braga Netto por risco ao processo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto. Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL), ele é réu na investigação que apura tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Preso desde dezembro de 2024, Braga Netto é acusado de tentar interferir nas investigações e buscar informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid. A defesa pediu a soltura em março, mas o Supremo só respondeu nesta quinta-feira (23), negando o pedido.
Na decisão, Moraes disse que os motivos para manter Braga Netto preso continuam valendo. Segundo o ministro, o depoimento do tenente-brigadeiro Baptista Júnior, uma das primeiras testemunhas ouvidas, reforça o risco que a liberdade de Braga Netto representa para o andamento da ação penal.
O depoente, que comandava a Aeronáutica na época, disse ter sido pressionado por militares sob orientação direta de Braga Netto, após se posicionar contra o plano golpista.
A defesa do general divulgou nota em que critica a decisão do STF. “A prisão se baseia em um print de mensagem de 2022. Além disso, a delação que ele teria tentado acessar já é pública. Não há fundamento jurídico válido para manter a prisão”, afirmou. Os advogados anunciaram que vão recorrer.
Braga Netto já havia tentado obter liberdade anteriormente, sem sucesso. Ele segue detido enquanto o processo, que envolve outras figuras do alto escalão do governo Bolsonaro, avança no Supremo.
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