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Bolsonaro e Caiado discutem eleições de 2026 em reunião reservada em Goiânia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tiveram um encontro privado na quinta-feira, 19, no Palácio das Esmeraldas, sede oficial do governo estadual, em Goiânia. A reunião foi solicitada por Bolsonaro antes de sua participação na Agrovem 2025, uma feira voltada ao agronegócio.
A conversa ocorreu a portas fechadas. Apenas o senador Wilder Morais (PL-GO) e o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) acompanharam Bolsonaro até o local, mas não participaram do diálogo. A movimentação reforçou as especulações sobre alianças e estratégias da direita para as eleições de 2026.
Caiado, que se apresenta como pré-candidato à Presidência, busca ampliar sua base de apoio, aproximando-se de setores bolsonaristas. Mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro segue como uma das principais lideranças da direita e mantém influência decisiva nas articulações eleitorais.
Nos bastidores, o futuro da sucessão ao governo de Goiás também é tema de disputa. Há uma indefinição sobre o apoio do PL ao nome de Daniel Vilela (MDB), atual vice-governador e aliado de Caiado. A possibilidade enfrenta resistência de parte da legenda, sobretudo de Wilder Morais, que já se coloca como pré-candidato ao cargo.
Outro nome em destaque é o de Gustavo Gayer, que tem forte presença nas redes sociais e é cotado para disputar uma vaga no Senado. Além dele, a primeira-dama Gracinha Caiado surge como provável cabeça de chapa na corrida pelo Senado. Na base governista, a avaliação é que ela tem grande apelo popular devido ao trabalho em programas sociais.
O cenário eleitoral em Goiás mostra um PL dividido. Dos 246 municípios do Estado, apenas 20 têm prefeitos filiados ao partido. A maioria é comandada por gestores ligados ao União Brasil, MDB ou outras siglas da base de Caiado.
O ex-deputado Major Vitor Hugo, também do PL, é outro personagem no xadrez político. Incentivado por Bolsonaro a disputar uma vaga na Câmara, ele mantém boa interlocução com o MDB e com o próprio governador. Antes, seu nome foi cogitado para o Senado.
A disputa por espaço e protagonismo nas eleições de 2026 promete intensificar as negociações entre as lideranças locais e nacionais da direita goiana.
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