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NA LUPA: Pedido de arquivamento de ação contra Ibaneis é banho de água fria no plano dos falastrões Lula e Cappelli

No documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta-feira (27), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, transformou em pesadelo o tão sonhado plano da esquerda brasiliense de retornar ao Palácio do Buriti em 2027, utilizando a narrativa de que o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi omisso durante os atos de 8 de janeiro. “Esgotadas as diligências viáveis e sem outra linha investigatória idônea, a partir dos elementos de informação produzidos até o momento, os fatos relatados não revelam justa causa hábil a autorizar o prosseguimento da persecução penal contra Ibaneis Rocha Barros Júnior”, diz o parecer.

Em uma de suas estadias nômades pelo DF, Ricardo Cappelli, pré-candidato ao Executivo local pelo PSB, apelidou o governador de “soneca”, afirmando que ele estava dormindo enquanto as sedes dos Três Poderes da República eram depredadas. Todavia, o documento da PGR contradiz essa versão, afirmando que, após análise de dois celulares e de computadores pessoais, a perícia federal concluiu “inexistirem atos de Ibaneis Rocha Barros Júnior em ‘mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do Governo Federal ou mesmo impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão”.

Agora, com o pedido de arquivamento da PGR e a depender de posterior decisão do STF, o governador poderá processar Cappelli caso ele persista na falsa acusação de que estaria dormindo no dia dos ataques. Com isso, a narrativa eleitoreira do ex-interventor na Segurança Pública cairá por terra e minará seu pífio projeto para 2026, no qual pretende ser chefe do Buriti em uma cidade onde não tem raízes.

Indicado ao cargo por Lula (PT), Gonet desmente até mesmo o próprio presidente, que acusou Ibaneis de ser “cúmplice” das invasões. “Ele é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente. Ele não cuidou para que a polícia cuidasse das coisas que estavam acontecendo durante todo o período, todas as manifestações, uma semana antes, uma semana depois. Ele era conivente com o caso”, afirmou o petista na época do lançamento do documentário da GloboNews.

Segundo a PGR, a investigação da Polícia Federal concluiu que não houve nenhuma cumplicidade ou negligência do governador. Foram apresentados extratos de 36 ligações recebidas e realizadas entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2023, além da constatação de que não há indícios de que mensagens tenham sido apagadas dos celulares examinados. Esses elementos desmentem Lula e sua tese falaciosa e fantasiosa, numa tentativa clara de construir uma candidatura de esquerda na capital.

Com três governos que não conseguiram se reeleger, resta agora à esquerda buscar outra narrativa conspiratória ou aceitar que o que vence eleição é boa gestão, e não mentiras.

Da Redação

Fred Lima

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