
Foto: João Risi / Audiovisual PR
Alckmin e Mauro Vieira articulam resposta ao “tarifaço” dos EUA
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, discutiram nesta terça-feira medidas contra a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A sobretaxa entra em vigor no dia 1º de agosto.
O governo brasileiro tenta adiar o início da cobrança. Internamente, já se considera difícil a reversão completa da medida. O foco do governo é buscar um acordo e tentar aliviar as perdas para os setores que serão mais atingidos.
Alckmin e Vieira conduzem articulações com diplomatas, parlamentares e representantes do setor produtivo. Há mobilização junto à Câmara de Comércio Americana, que também vê o aumento tarifário como um gesto político, não técnico.
Uma frente de diálogo com Washington está em curso desde abril. A principal meta, agora, é excluir produtos como aço e alumínio da lista atingida pela nova alíquota. Paralelamente, cartas oficiais foram enviadas ao governo norte-americano expressando insatisfação com a medida.
A estratégia brasileira envolve três pilares: pedido formal de adiamento, pressão conjunta do setor privado e ação diplomática coordenada. Empresários dos dois países estão sendo mobilizados para sustentar a argumentação contra o impacto da tarifa.
As tratativas são acompanhadas de perto pela Presidência da República. O presidente Lula foi informado dos passos adotados e autorizou os contatos diretos com autoridades e entidades americanas.
Além da diplomacia tradicional, o governo trabalha para demonstrar o efeito nocivo da medida nas cadeias produtivas dos dois países. O objetivo é convencer o governo dos EUA a revisar ou, ao menos, mitigar os efeitos do tarifaço.
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