Temer propõe semipresidencialismo no país: ‘Reduziria discussões e número de partidos políticos’
Por Carol Castro
Durante um evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) nesta segunda-feira (14), o ex-presidente Michel Temer defendeu que o semipresidencialismo seja instaurado no Brasil como forma de suavizar a crise de instabilidade política pela qual o país vem passando. Ele revelou, ainda, que esteve perto de apresentar esse modelo político ao Congresso durante seu mandato, entre 2016 e 2018.
Segundo Temer, dividir a chefia do governo entre o presidente e um primeiro-ministro reduziria discussões sobre um possível impeachment do atual mandatário do país e poderia diminuir, por consequência, o número de partidos políticos, que acabariam por formar uma única sigla como base de apoio e de oposição ao governo ao longo do tempo.
Nós temos 33 anos desse sistema (presidencial), desde a Constituição Federal de 1988, que é um tanto jovem ainda, e já tivemos dois impeachments. E, nesse momento, só se fala em impeachment. Não tenham dúvida que quando chegar o próximo presidente falar-se-á, novamente, em impeachment. É uma coisa que “pegou moda”, não tem jeito. No presidencialismo, há a tal instabilidade e, a todo momento, há pedido de impedimento. Você precisa evitar traumas institucionais, e no semipresidencialismo que estamos propondo isso é evitável.
Michel Temer, ex-presidente da República Federativa do Brasil
Da Redação