CPI DA COVID: Diretora técnica da empresa Precisa diz estar ‘disposta a fazer acareação’ após divergências de depoimentos
Por Sabrina Santos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 dessa quarta-feira (15), foi um dia cheio de contradições, já que a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, apresentou informações divergentes das que foram concedidas pelo servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), sobre o invoice (nota fiscal das negociações internacionais) da vacina Covaxin. Segundo Medrades, a mesma enviou a nota fiscal no dia 22 de março. Luis Ricardo afirmou que o invoice foi enviado no dia 18 do mesmo mês.
Em depoimento à CPI, o servidor da pasta informou que ele e seu irmão apresentaram para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no dia 20 março, suspeitas de irregularidades no contrato de compra do imunizante indiano. Para Manuela Medrades, as informações prestadas pelos irmãos e pelo consultor técnico do ministério, William Santana, não são verídicas, afirmando que eles mentiram ao depor na comissão.
Provei e provo, mais uma vez, que essa invoice só foi enviada no dia 22. Desafio William Santana e Luis Ricardo a provarem que receberam no dia 18, porque eles não vão conseguir. Estou disposta inclusive a fazer uma acareação junto com as informações que eles passaram e com os fatos, se é que eles as têm.
Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos
Da Redação