Ricardo Leal: o ‘PC Farias’ de Rollemberg
Por Fred Lima
Conhecido por ter sido o operador das campanhas de Fernando Collor para o Governo de Alagoas e Presidência da República, Paulo César Farias era o gênio da arrecadação. O ex-presidente já afirmou que sem PC seria impossível vencer a disputa, visto que naquele tempo não existia redes sociais e as campanhas eram feitas à base de doações.
Com Collor na presidência, PC Farias manteve o prestígio e influência de outrora. Na Petrobras, o tesoureiro atuava nos bastidores para influenciar o resultado de licitações da estatal, favorecendo empreiteiras, uma espécie de gênese do petrolão.
De acordo com a delação do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que cumpre pena no regime semiaberto desde junho, Ricardo Leal, arrecadador das campanhas de Rodrigo Rollemberg ao Senado (2010) e para o Palácio do Buriti em 2002 e 2014, tinha “controle total” no Banco de Brasília (BRB), conforme matéria publicada nesta sexta-feira (12) pelo portal Metrópoles.
Ainda segundo a reportagem, Funaro disse que o esquema “Era até mais amplo do que a gente tinha dentro da Caixa, porque ele [Ricardo Leal] tinha o comando da diretoria inteira. Dentro da Caixa, não tínhamos a diretoria inteira, porque era dividida entre PP e o MDB. No BRB era controle total”.
Enquanto governava o DF, Agnelo Queiroz (PT) dizia que a turma do passado, metida em corrupção, tinha ficado para trás. Ao deixar o GDF, os primeiros escândalos começaram a aparecer. Hoje, o petista é condenado por improbidade administrativa e está inelegível por oito anos.
Utilizando a mesma retórica, Rodrigo Rollemberg (PSB) disse ter feito um governo de “mãos limpas”. Todavia, Ricardo pode não ser leal como consta no sobrenome e optar pela delação premiada. Se isso acontecer, o ex-governador terá o mesmo destino de Agnelo, caso tenha cometido alguma irregularidade.
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