NAS ENTRELINHAS: Quem tem de virar nome de praça no Plano Piloto é o padre Casemiro, não Marielle Franco
Por Fred Lima
No dia 26/3/2018, a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), 38 anos, foi morta a tiros no Rio de Janeiro junto com o seu motorista, Anderson Pedro Gomes. No último sábado (21/9), foi a vez do padre Casemiro, 71 anos, cair nas mãos de assassinos e morrer estrangulado com arame farpado enrolado ao pescoço. Ambos os casos são lamentáveis.
O que separa as duas vítimas é o estado onde ocorreram os crimes. Marielle atuava como política no Rio, enquanto Casemiro era o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, da 702 Norte. Portanto, quem deve propor que se dê o nome de Marielle Franco a praças e monumentos são os políticos cariocas, não parlamentares do DF.
O Projeto de Lei nº 167, de 2019, de autoria do deputado distrital Fábio Félix (PSOL), prevê que o local em frente à estação de metrô Galeria dos Estados, no Plano Piloto, se chame Marielle Franco. Por residir no DF desde a década de 1980 e ter prestado relevantes serviços à sociedade brasiliense por meio de sua comunidade, padre Casemiro que deveria ser homenageado com o nome da praça.
Não se trata de fazer pouco caso com a morte de Marielle. Como disse, ambos os homicídios são abomináveis e frutos da violência que assolam a população nacional. Contudo, por se tratar de um projeto de lei distrital, a justa homenagem caberia ao padre que teve uma conduta ilibada durante os anos em que atuou na capital.
Sessões solenes na Câmara Legislativa em homenagem à Marielle são válidas. Dar nome a praças e monumentos no DF, é puro exagero.
Que o Rio de Janeiro homenageie Marielle Franco. Em Brasília, ficamos com o padre Casemiro.
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