Investimento em inovação é crucial para combater a pobreza, diz Izalci Lucas
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) pediu apoio de deputados e senadores a iniciativas voltadas à inovação e à capacitação dos trabalhadores para gerar crescimento econômico e combater a pobreza. Em discurso nesta segunda-feira (21), o senador pediu aos parlamentares que compareçam, no dia 5 de novembro, “na hora do almoço”, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para uma reunião com representantes do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), do qual fazem parte 250 das maiores empresas do país.
Para Izalci, é preciso discutir de novo definitivo os caminhos para inovação no Brasil. Ele pediu a participação do Congresso na busca de soluções e criticou os cortes orçamentários em órgãos públicos estratégicos para apoiar a inovação.
— Pelo Orçamento que foi encaminhado para esta Casa, é impossível! As soluções que estão sendo gestadas no governo, de junção de Capes com CNPq, de BNDES com Finep — não tem nada a ver uma coisa com a outra —, essas ações precisam ser discutidas. E nós queremos, no dia 5 de novembro, fazer um apelo aqui a todos os parlamentares para almoçarmos juntos na Confederação da Indústria, que tem um espaço maior, para que possamos discutir com os parlamentares, com a MEI, que são os empresários de inovação, também com a participação do governo, o papel de ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento do Brasil — afirmou.
Izalci mencionou vários casos de sucesso no combate à pobreza, em outros países, a partir de soluções inovadoras. Como, por exemplo, na área de transporte, que consome tanto do orçamento das famílias do país. O senador observou que que os brasileiros gastam um terço de sua renda com alimentação e transporte, um terço com moradia, sobrando um terço final para investir em saúde, educação, cultura, vestuário, serviços e consumo em geral. Ele mencionou os dados divulgados na semana anterior pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relacionados ao orçamento das famílias.
Ele salientou que a maior parte das famílias brasileiras é de baixa renda, que vive com orçamento apertado, mal conseguindo arcar com as demandas básicas. Sobra pouco para investir em alguma capacitação ou poupar algum dinheiro, ainda que seja o mínimo.
— Às vezes, o cidadão gostaria de fazer determinado curso para melhorar sua capacidade de trabalho, para ter um salário maior. Mas ele não pode pagar, porque empenha dois terços do seu orçamento familiar com habitação, comida e transportes. Então, o futuro brilhante esbarra no presente cruel — disse o senador.
Izalci também mencionou o estudioso norte-americano Paul Romer, um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia do ano passado. Para o economista, a transformação tecnológica é crucial para o crescimento sustentável.
— Para o Dr. Romer, sem pesquisa, sem ciência, sem tecnologia, sem inovação, qualquer nação está condenada, no longo prazo, a padecer na estagnação: não existe aumento de produtividade, não existe aumento de competitividade, não existe melhoria dos meios de produção, não existe aumento de qualidade de vida da população. A nação para no tempo — disse o senador. As informações são da Agência Senado.
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