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Bolsonaro anuncia saída do PSL e criação de novo partido

A “Aliança pelo Brasil” será o nono partido ao qual Bolsonaro se filia ao longo de sua trajetória política de três décadas

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, em reunião com aliados nesta terça-feira (12), no Palácio do Planalto, sua saída do PSL e confirmou a criação de uma nova sigla, que batizou de “Aliança pelo Brasil”.

As informações foram dadas pelos deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), Bia kicis (PSL-DF), Carlos Jordy (PSL-RJ), Coronel Chrisóstomo (PSL-RO) e Leo Motta (PSL-MG), que participaram do encontro com o mandatário.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, deverá sair de imediato do partido. Já deputados federais bolsonaristas deverão permanecer no PSL em um primeiro momento, já que correm o risco de perderem os mandatos por infidelidade partidária.

Eles deverão aguardar a criação da nova sigla para acompanharem o presidente. Há dúvidas se conseguiriam levar fatias proporcionais dos recursos do fundo partidário a que o PSL hoje tem direito. Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o partido recebe mensalmente R$ 8,4 milhões de recursos do fundo.

Segundo o deputado Daniel Silveira, o PSL deverá continuar com sua atual formação, de 53 membros na Câmara dos Deputados (1 assento a menos do que a maior bancada, do PT), enquanto não houver janela para migração — o que isentaria parlamentares do risco de perda de mandato.

A deputada Bia Kicis diz que ainda não se sabe quantos deputados migrarão para o novo partido. Nos bastidores, porém, as estimativas variam entre 20 e 30 deputados, o que garantiria a formação da 9ª ou 12ª maior bancada da casa legislativa.

Os advogados de Bolsonaro estimam que será possível entregar junto à Justiça Eleitoral as cerca de 500 mil assinaturas exigidas para a criação da nova sigla até março do ano que vem. A ideia é lançar mão de um aplicativo para dispositivos móveis para acelerar o processo de coleta de assinaturas e viabilizar a participação do partido nas eleições municipais de 2020.

O movimento de Bolsonaro ocorre um mês após vir a disputa com o presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), tornar-se pública. O mandatário buscava maior participação na tomada de decisões da sigla a um ano das eleições, mas não obteve êxito em seus esforços.

A “Aliança pelo Brasil” será o nono partido ao qual Bolsonaro se filia ao longo de sua trajetória política de três décadas. Antes, ele passou por: PDC, PRP, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e o próprio PSL, pelo qual foi eleito presidente da República. As informações são do InfoMoney.

Fred Lima

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