Veto de Ibaneis ao nome de Marielle é questão de bom senso
Por Fred Lima
O Diário da Câmara Legislativa do DF publicou nesta quarta-feira (22) o veto do governador Ibaneis Rocha (MDB) ao projeto que cria a Praça Marielle Franco em Brasília.
Com uma guinada clara à esquerda, a CLDF aprovou em novembro do ano passado o projeto de lei do deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que prevê que a praça localizada no Setor Comercial Sul receba o nome da vereadora carioca, assassinada em 14 de março de 2018.
O veto do chefe do Buriti não tem absolutamente nada a ver com questão ideológica ou de gênero, mas de sensatez. Marielle era uma desconhecida nacional antes de ser brutalmente assassinada.
A justificativa de Félix para derrubar o veto do governador é de que existem outras praças que homenageiam personalidades de fora da cidade, como a Praça Zumbi dos Palmares ou a do cantor Leandro – que fazia dupla com o sertanejo Leonardo.
A comparação é extremamente descabida. Zumbi dos Palmares é um ícone da história do Brasil colonial, cuja fama tem sobrevivido mesmo após 325 anos de sua morte. Já o cantor Leandro formou com o seu irmão uma das maiores duplas sertanejas do país, sendo nacionalmente conhecido e amado pelos brasileiros.
Na verdade, quem quer politizar e ideologizar é o distrital psolista. A ideia de se dar o nome de Marielle à praça pública é com o objetivo claro de transformar uma vereadora até então desconhecida em uma heroína da esquerda.
Os culpados pela morte de Marielle Franco devem pagar pelo que fizeram. Quem comemora o assassinato da vereadora necessita de um psiquiatra. Porém, transformá-la em ícone nacional já é forçar a barra.
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