O parlamentarismo bate à porta
Por Fred Lima
Desde a redemocratização, o Brasil se decepcionou com três espectros políticos ideológicos: o centro, a esquerda e a direita. Obviamente que o governo Jair Bolsonaro ainda está em curso, mas os últimos acontecimentos têm demonstrado, infelizmente, que a gestão moralista e defensora da ética pública, como prometia ser, falhou drasticamente.
A administração que levantaria a bandeira da ética acabou cedendo às artimanhas da velha política e caiu no mais do mesmo. De agora em diante, o cenário será de descrédito e desconfiança.
O messianismo político sempre tem levado o país à derrocada. Foi assim com Collor, Lula e está sendo com Bolsonaro. Com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pode acontecer a mesma coisa, caso um dia se candidate e porventura suba a rampa do Planalto.
Bolsonaro é político, e político das antigas. Sua trajetória sempre foi marcada por polêmicas e embates no campo ideológico com a esquerda. Esqueçam o combate à corrupção. O presidente não é magistrado. Sua atuação sempre se limitou ao campo político.
A saída de Moro é como o início do Apocalipse em uma conjuntura extremamente desfavorável por conta da crise do coronavírus. O momento não poderia ser pior.
Quanto ao chefe da nação, o maior opositor de Jair se chama Bolsonaro. Os filhos Carlos, Eduardo e Flávio são os próprios cavaleiros do Apocalipse, responsáveis pela coordenação da ala ideológica, que tanto vem prejudicando o governo. Contudo, nada acontece sem o aval do patriarca. Até o vice-presidente Hamilton Mourão já foi alvo de ataques do 02 e 03, Carlos e Eduardo, respectivamente. A dinastia política impera na República.
Caso as graves denúncias feitas por Sérgio Moro sejam comprovadas, o Brasil caminha para o sistema parlamentarista. O presidencialismo estará de vez falido nos próximos anos.
Pode apostar.
Da Redação
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