Pábio Mossoró enfrentou as duas maiores crises da história de Valparaíso
Por Fred Lima
Comparar conjunturas distintas é desonestidade intelectual. É agindo dessa forma que a oposição ao prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), vem apresentando fórmulas mágicas e populistas para querer ocupar a principal cadeira do município no próximo ano.
A gestão Pábio não é perfeita e comete erros, como qualquer outra, mas pegou um contexto bastante adverso para administrar a cidade, diferentemente das gestões Lêda Borges (PSDB) e Lucimar Nascimento (PT).
Nos quatro anos em que esteve à frente da prefeitura, Lêda contou com o apoio irrestrito do governo do estado, fora o boom da economia nacional, que impactou positivamente estados e municípios no final dos anos 2000 e início da década seguinte, enquanto Mossoró herdou do PT uma dívida estratosférica na casa de R$ 50 milhões. Não bastasse isso, o atual prefeito enfrenta a crise do coronavírus, que vem arrasando com a economia local.
Lucimar obteve o apoio do PT no Planalto e no DF. Mesmo assim, endividou a prefeitura e não conseguiu angariar recursos para melhorar o município. Hoje, antigos aliados da ex-prefeita lançam suas pré-candidaturas apostando na amnésia eleitoral.
É fácil falar de boca cheia comparando cenários completamente diferentes da política valparaisense. Enquanto alguns tiveram ventos favoráveis e não souberam aproveitar o momento para fazer as mudanças que a cidade necessitava, o atual mandatário teve que encarar duas tempestades em alto mar, conseguindo manter o barco estável, sem deixar que a água entre dentro dele.
Em um novo mandato, Pábio teria a chance de governar com mais tranquilidade, caso não surja outro tsunami no horizonte, porque no primeiro dedicou toda a sua energia para gerenciar crises que não foram ocasionadas por sua administração.
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