Foto: Reprodução/AB

Ping Pong com a secretária da Mulher do DF

Por Fred Lima

Vice-presidente do MDB/DF, Ericka Filippelli assumiu a Secretaria da Mulher do Governo do Distrito Federal com a missão de contribuir para a diminuição do feminicídio, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, bem como com a criação de uma pauta que valorizasse o papel da mulher na sociedade brasiliense.

Em entrevista ao Lupa Política, a secretária de Estado da Mulher do DF falou sobre o avanço do feminicídio durante a pandemia, os resultados de sua gestão à frente da secretaria e a contribuição de seu partido para o tema. Confira:

Com o avanço do feminicídio no período pandêmico, quais as ações da Secretaria da Mulher para frear a violência contra a mulher?  

Desde o início da pandemia, o atendimento às mulheres em situação de violência foi uma prioridade do governo do Distrito Federal, com a integração de ações da Secretaria da Mulher, da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Civil. Isso fez com que o DF apresente dados muito diferentes das demais unidades da federação, com a queda no número de feminicídios. Os atendimentos da Secretaria da Mulher não pararam! A Casa Abrigo continuou aberta 24 horas e os Centros Especializados de Atendimento à Mulher também permaneceram em funcionamento. Além disso, foi lançada a campanha “Mulher, você não está só!”, pela SMDF. Por meio dela, criamos protocolos de atendimento para mulheres em situação de violência nesse tempo de pandemia, estabelecendo serviços online e o teleatendimento, que foi algo inovador. Nosso temor era a subnotificação, por isso, colocamos à disposição esses novos canais pensando, justamente, em facilitar que as mulheres que estivessem dentro de suas casas com seus agressores pudessem pedir ajuda e tivessem a certeza de que elas não estão sozinhas.

Poderia destacar os resultados de sua gestão à frente da Secretaria da Mulher? 

É a primeira vez que a Secretaria da Mulher vai ter uma estrutura orgânica própria e independente. Assim, todas as ações têm sido tomadas no sentido de criar essa autonomia e de institucionalizar a política voltada para mulheres. Também é inédita a eleição para a escolha de representantes da sociedade civil para o Conselho dos Direitos da Mulher. Além disso, citamos o projeto da construção das quatro Casas da Mulher Brasileira, bem como transferência da unidade da Casa localizada na Asa Norte para a Ceilândia. Outro marco importante desta gestão é a ampla articulação com as demais pastas, como, por exemplo, a parceria com a Secretaria de Segurança Pública, que irá oferecer um programa inédito voltado à proteção da mulher vítima de violência por meio do uso de dispositivos de emergência e tornozeleiras eletrônicas. Ressalta-se ainda o trabalho intenso que a Secretaria tem feito no sentido de garantir a autonomia econômica das mulheres, como o programa Oportunidade Mulher e Mulheres Hipercriativas, que têm o objetivo de fortalecer o empreendedorismo feminino e gerar renda. Sabemos que por meio da autonomia econômica a mulher se torna capaz de fazer as próprias escolhas.

A senhora é vice-presidente do MDB/DF. O que o seu partido vem fazendo para contribuir com o tema?

Em março deste ano, foi criado a Rede Unidas, que tem como objetivo trabalhar temas bem específicos, de ações e políticas públicas para as mulheres do DF, com as comunidades de base. É um programa do MDB Mulher do DF que, em breve, será levado presencialmente a todos os cantos.

Da Redação

Fred Lima

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