ELEIÇÕES 2021: Senado e Câmara preveem pacificação após vitória de Lira e Pacheco

Novo presidente da Câmara afirma que todos terão voz na Casa

Por Gabriela Gallo

O Senado Federal e a Câmara dos Deputados passam a ser administrados por uma nova presidência que conduzirá o biênio 2021/22, a partir desta terça-feira (2). Na Câmara, Rodrigo Maia (DEM) entregou seu título à Arthur Lira (PP-AL), que foi eleito com 302 votos dos 513 possíveis. Já o Senado, passa a ser conduzido por Rodrigo Pacheco (DEM – MG), o qual foi eleito com 57 votos dos 81 senadores, substituindo Davi Alcolumbre (DEM – AP). Ambos os candidatos eleitos eram favoritos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ao assumir a presidência da Casa, Lira dissolveu a Mesa Diretora, definida pouco antes da eleição. Ele remarcou uma nova votação para esta terça-feira (2), às 16h. A decisão se deve ao atraso de seis minutos no registro do bloco de seu concorrente, Baleia Rossi (MDB – SP), mas que foi aceito por Maia em decisão isolada. A Mesa Diretora, composta por 10 membros, agora receberá um novo cálculo de proporcionalidade sem considerar o bloco de Baleia Rossi, portanto, cada partido irá concorrer isoladamente. Lira afirma que ‘todos terão voz na Câmara’.

Comoção

Em seu discurso de encerramento na Câmara, Maia se emocionou e ressaltou a importância da Casa. Como exemplo, ele lembrou da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra a qual permitiu gastos excepcionais no combate à pandemia.

Senado

O resultado no Senado satisfez tanto Bolsonaro quanto Alcolumbre. Pacheco, além de ser do mesmo partido que o ex-presidente da Casa, é aliado de ambos os parlamentares. O voto foi impresso, o que foi destacado por Bolsonaro em suas redes sociais. O democrata teve apoio dos partidos DEM, Rede, PT, PDT, PSD, PP, PSC, Pros, PL e Republicanos. Pacheco prometeu realizar uma gestão independente e atuar no trinômio saúde pública, crescimento econômico e desenvolvimento social durante seu mandato.

A votação da Mesa Diretora do Senado está marcada para 14h desta terça (2). Há impasses sobre quem poderá assumir a 1ª vice-presidência da Casa.

Recebi apoios importantes de senadores e senadoras já manifestados, mais de uma dezena de partidos políticos que vão da direita à esquerda, da oposição e da base do governo. Vamos fazer disto uma grande oportunidade daquilo que apregoei minutos atrás: vamos fazer disto uma oportunidade singular para o Brasil de pacificação das nossas relações políticas e institucionais, porque é isso que a sociedade brasileira espera de nós

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

Especial da Redação