Ping Pong com a administradora do Plano Piloto
Por Amanda Escorsin
Advogada, professora, orientadora, ex-candidata à deputada distrital com 5.663 votos em 2018 e ligada à luta pelos Direitos Humanos, Ilka Teodoro tem ampla trajetória na capital brasiliense. Atualmente é responsável pela Administração Regional do Plano Piloto (RA-I), no governo Ibaneis Rocha. Feminismo e apoio ao movimento negro representam suas bandeiras.
Ilka presidiu a Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF e foi integrante da primeira Comissão de Advogados Iniciantes da instituição nos anos 2000. A administradora tem passagem em sua trajetória acadêmica pelo UniCeub e UNB.
Em entrevista ao portal Lupa Política, a administradora relata os desafios trazidos pela pandemia em meio à rotina presencial de sua equipe e conta sobre sua jornada profissional e política, entre elas, a desfiliação do Psol para assumir o cargo de confiança no governo.
Confira:
Já se passaram dois anos em que a senhora foi indicada como cargo de confiança pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para estar à frente da Administração Regional do Plano Piloto (RA-I). Como tem sido a experiência de administrar a região central de Brasília e quais são os projetos consolidados que considera mais importante em sua gestão?
Tem sido um aprendizado constante e um grande desafio. Ao mesmo tempo, é gratificante fazer entregas, identificar avanços e tirar ideias do papel. Dentre os projetos consolidados, destaco um. A organização administrativa com a montagem de uma equipe diversa, disposta e preparada e melhoria dos fluxos dos processos para melhor receber e lidar com as demandas da comunidade e aperfeiçoar a zeladoria da cidade. As obras de melhoria de espaços urbanos como Setor Hospitalar Sul realizada através do programa Adote uma Praça, a reforma da Galeria dos Estados, W3 Sul, iluminação pública, calçadas. Ações vinculadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 2030 como equidade de gênero e raça e sustentabilidade, onde destaco a exposição Reintegração de Posse.
Antes de assumir a administração do Plano Piloto, a senhora foi candidata a deputada distrital pelo PSol nas eleições de 2018 e chegou a alcançar 5.663 votos. No entanto, se desfiliou do partido para assumir o cargo no governo Ibaneis. Como lidou com essa transição e quais atritos enfrentou, tendo em vista que se tratava de partidos de oposição?
Sou advogada há 21 anos e conhecia o governador, meu colega de profissão. Integrei o Conselho da OAB/DF no triênio 2013/2015 sob sua presidência. Naquele período, tive oportunidade de presidir duas Comissões: da Mulher Advogada e de Seleção. E fazia parte da diretoria da Fundação de Assistência Judiciária. Quando ele foi eleito, o partido já possuía orientação de não compor o governo. Desfiliar era condição para assumir. O convite veio apoiado em razões muito mais técnicas do que políticas. Desde então, tenho me dedicado muito para desenvolver um bom trabalho. Evito focar nos atritos e buscar muito diálogo e pontos de convergência, sempre em defesa da cidade onde nasci e me criei, da população e do estado democrático de direito.
Em meio à pandemia do coronavírus, quais são os desafios que sua equipe enfrenta e como tem lidado com a execução das atividades?
Com a pandemia nos vimos obrigadas a acelerar o processo de migração para as ferramentas virtuais. Além das dificuldades que acometem toda a população na pandemia, medo, abalo na saúde mental, tripla jornada concentrada no restrito espaço de casa, incertezas, dificuldades financeiras; a equipe relatou que a maior dificuldade foi a distância. Nosso trabalho é muito dinâmico e o presencial favorecia. No ambiente virtual isso ficou prejudicado. Mas depois de tanto tempo, conseguimos nos readequar. Apesar de tudo, os serviços essenciais foram mantidos e não foram interrompidos em nenhum momento desse longo ano pandêmico.
A senhora pretende disputar algum cargo nas eleições de 2022?
Atualmente não possuo nenhuma filiação partidária e tenho focado exclusivamente no trabalho da Administração Regional do Plano Piloto.
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