NA LUPA: Puxadinho da esquerda, Sinpro-DF politiza pandemia
Por Fred Lima
O Sindicado dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) sempre foi conhecido por ser simpatizante de governos de esquerda. Na era Roriz, fazia oposição ferrenha ao Buriti. Na gestão Arruda, também. O sindicato entrou em júbilo com a eleição de Cristovam Buarque, em 1994. Devido o não cumprimento do aumento dos 28%, a entidade resolveu romper com o então governador. O reajuste salarial obtivo em 2012 fez de Agnelo Queiroz o queridinho da categoria, um governador que concluiu seu mandato com 66% de reprovação, de acordo com pesquisa do Ibope.
Canhoto
No site do sindicato, o artigo “A quem interessa o voto impresso?” chama a atenção. Nele, o jornalista Luis Ricardo faz diversas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao seu governo. No dia 09/3, o mesmo jornalista publicou outra análise intitulada “A certeza de estar no lado certo da História nem sempre representa o caminho mais fácil: a inocência de Lula e a luta incessante da CNTE”. Sindicatos e instituições deveriam atuar de forma apartidária, visto que, no caso do Sinpro-DF, nem todo professor é petista.
Volta às aulas
Com o avanço da aplicação da vacina, a Secretaria de Educação do DF determinou o retorno das aulas presenciais, paralisadas desde março do ano passado. Porém, para evitar risco de contágio, as atividades devem voltar de forma escalonada. O retorno será com metade dos alunos em sala de aula e o restante com atividades remotas. A cada semana, o grupo será alternado. A Secretaria de Educação divulgou uma circular onde diz que os profissionais da educação (imunizados com a AstraZeneca) que ainda não tenham recebido a segunda dose “deverão permanecer no atendimento remoto até completar 15 dias da aplicação da vacina”. Mesmo assim, o Sinpro-DF contestou.
Pais favoráveis
O presidente da Associação de Pais e Alunos (APA) das Instituições Públicas e Privadas do DF, Alexandre Veloso, afirma que a maioria dos pais é favorável ao retorno. “Tivemos mais de 120 mil alunos que a educação remota não foi efetiva, e também tivemos alto índice de evasão escolar, por conta da dificuldade de acesso dos alunos”, declarou.
Reconhecimento
É inquestionável a importância do professor na sociedade. Como diz Erasmo de Roterdã, “A primeira fase do saber é amar nossos professores”. Também é incontestável que os professores merecem ser valorizados cada vez mais. Um sindicato que representa a categoria deveria se preocupar mais em defender os direitos e deveres dos docentes, não servir a uma ideologia, misturando alhos com bugalhos.
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