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TRF1: Duas mulheres integram listas tríplices e buscam aumentar presença feminina no Poder Judiciário

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) definiu, no último dia 14, em Brasília, os nomes para compor as duas listas tríplices para as vagas no TRF1 destinadas ao quinto constitucional da advocacia. Os nomes mais votados já foram encaminhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que escolherá e nomeará os dois novos integrantes da Corte.

Foram escolhidos para a primeira lista: Flávio Jaime de Moraes Jardim (OAB-DF), Diogo Condurú (OAB-PA) e Liz Marília Guedes Vecci (OAB-GO). Na segunda lista estão: Eduardo Martins (OAB-DF), Rebeca Moreno da Silva (OAB-RO) e Vicente de Paula Moura Viana (OAB-DF). Após a definição dos nomes, os desembargadores do Tribunal celebraram a presença feminina em ambas as listas tríplices. As advogadas Rebeca Moreno e Liz Marília Guedes Vecci são as representantes femininas nas listas.

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Currículo

Inscrita na OAB-RO em 2008, Rebeca trabalhou na Defensoria Pública do Estado de Rondônia por 10 anos. Em 2017, ela se tornou procuradora-geral da Câmara de Vereadores da cidade de Ji-Paraná (RO) e atualmente atua na área de direito penal. Já Liz Marília Guedes Vecci, foi uma das fundadoras do escritório Terra e Vecci Advogados Associados em 2001. Entre 2019 e 2021, ela atuou como conselheira na OAB-GO e também foi conselheira julgadora na Junta de Recursos Fiscais do Município de Goiânia. Atualmente, a advogada é consultora da Comissão Especial de Direito Tributário do Conselho Federal da OAB – período de 2022-2025.

Presença feminina no Judiciário

De acordo com levantamento feito pelo portal Migalhas, que trata de assuntos jurídicos, mulheres ocupam cerca de 25% dos cargos de desembargadoras e ministras nas Cortes. A pesquisa ainda mostra que, do total de 90 ministros nas Cortes Superiores de Brasília, apenas 17 são mulheres (19%).

Para Adriana Cecílio, coordenadora do movimento social da Coalizão Nacional de Mulheres, é fundamental a presença feminina no Poder Judiciário brasileiro, pois, apesar dos avanços nas últimas décadas, ainda há grande desigualdade de gênero nos órgãos.

As mulheres trazem um olhar pautado pela vivência feminina, algo que é impossível aos homens. Muitas vezes, a mulher faz o mesmo caminho que o homem, ou até tem uma trajetória profissional mais rica, mas quando chega em espaços de poder a sociedade acaba diminuindo esse feito, como se ela não tivesse chegado ali pelos próprios méritos. Então, rogamos ao presidente para que ele tenha um olhar especial para a questão da diferença de gênero nos tribunais quando for escolher um nome da lista. 

Adriana Cecílio, coordenadora da Coalizão Nacional de Mulheres

Da Redação

Sabrina Santos

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