Lava Jato: PF aponta que Moro abriu processo para permitir repasses de valores a Petrobras; ex-juiz nega
Um relatório da Polícia Federal, assinado pelo delegado Elzio Vicente da Silva, revelou que o ex-juiz Sergio Moro, enquanto conduzia os casos da Operação Lava Jato, teria aberto processos sigilosos para permitir que a Petrobras fosse financiada com recursos de acordos de delação e leniência, sem que houvesse transparência ou questionamentos sobre tais repasses.
O documento, parte de uma investigação conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sugere que parte desses valores pode ter sido direcionada por membros da própria Lava Jato. Moro, por sua vez, nega veementemente as acusações em nota, afirmando que os cerca de R$ 2,2 bilhões devolvidos à Petrobras não foram desviados de forma alguma.
Nota divulgada por Sergio Moro:
Leia a íntegra
O fato objetivo descrito no relatório provisório da Corregedoria do CNJ – ainda pendente de aprovação – é que foram devolvidos diretamente de contas judiciais da 13 Vara de Curitiba para a Petrobras, vítima inequívoca dos crimes apurados na Operação Lava Jato, cerca de R$ 2,2 bilhões, sem que nenhum centavo tenha sido desviado. Idêntico procedimento foi adotado pelo STF à época.
O juiz Sergio Moro deixou a 13 Vara em outubro de 2018, antes da constituição da fundação cogitada para receber valores do acordo entre a Petrobras e autoridades norte-americanas e jamais participou da discussão ou consulta a respeito dela. A especulação de que estaria envolvido nessa questão, sem entrar no mérito, não tem qualquer amparo em fato ou prova, sendo mera ficção.
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