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Ping Pong com o secretário de Agricultura do DF

À frente da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), Rafael Borges Bueno tem impulsionado ações para a sustentabilidade no campo, agricultura familiar e modernização da produção rural em Brasília.

Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília (UnB), com especialização em Gestão Pública, ele possui mais de 16 anos de experiência no setor público.

Durante sua trajetória, passou pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), onde contribuiu para ampliar a armazenagem agrícola no Brasil, além de ter sido candidato a deputado estadual por Goiás nas eleições de 2022, pelo Partido Liberal (PL).

Em entrevista ao Lupa Política, o secretário compartilhou suas estratégias para fortalecer a agricultura no DF e seus planos políticos para o futuro. Confira:

Quais iniciativas o GDF tem desenvolvido para fortalecer a agricultura familiar, como programas de incentivo à comercialização e acesso a novos mercados, garantindo a sustentabilidade econômica desses produtores?

O Governo do Distrito Federal (GDF) tem implementado uma série de ações para fortalecer a agricultura familiar, sendo uma preocupação do governador Ibaneis o crescimento constante desse setor, a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessa população com a geração de renda e fixação dos produtores no campo. Dessa forma, destaco os programas de incentivo à comercialização e expansão do acesso a novos mercados. Entre as iniciativas, estão as compras públicas realizadas por meio dos programas PAPA-DF, Pnae e PAA, que permitem que os agricultores forneçam diretamente alimentos para instituições como escolas da SEEDF, banco de alimentos e programas sociais da SEDES, no ano de 2024 a SEAGRI para as ações citadas realizou mais de R$ 42 milhões em chamamentos públicos, a fim de contratar produtores rurais familiares para fornecimento dos alimentos. Da mesma forma, inclue-se a criação de espaços voltados para a comercialização direta dos agricultores, como o Empório Rural do Colorado inaugurado na DF-150, que criam um ambiente de comercialização direta entre produtores e consumidores, melhorando a oferta de alimentos e reduzindo o custo ao consumidor final, uma vez que não a figura do atravessador nessa comercialização.

Quais medidas estão sendo adotadas pelo governo para intensificar o monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos alimentos consumidos pela população, e como essas ações contribuem para a segurança alimentar e a saúde pública?

O GDF tem buscado reforçar o controle sobre resíduos de agrotóxicos nos alimentos através de um projeto desenvolvido em parceria, por meio de uma acordo de cooperação, com o Ministério Público do DF e Territórios. A iniciativa prevê o monitoramento de resíduos de defensivos agrícolas em alimentos produzidos localmente e em produtos que chegam ao DF. O objetivo é detectar resíduos de defensivos autorizados, a presença de defensivos que não estejam regulamentados para uso em determinadas culturas e/ou de moléculas que tenham seu uso proibidas no Brasil. O projeto prevê a captação de recursos do Fundo de Direitos do Consumidor, gerido pelo PROCON, para financiamento da sua estruturação. O projeto inclui, por exemplo, a aquisição de um veículo, tipo van, equipado com laboratório especializado para realizar as análises in loco e fornecer dados precisos sobre a presença de resíduos nos alimentos. Dessa forma, medidas como apreensão da carga contaminada poderão ser realizada imediatamente, com encaminhamento dessa para destruição, evitando que essa chegue ao consumidor final. Essas ações são cruciais para garantir a segurança alimentar e a saúde pública, uma vez que resíduos de agrotóxicos acima do permitido podem estar associados a doenças graves, como câncer, além de outros impactos à saúde. O monitoramento não só permite retirar produtos irregulares do mercado, mas também auxilia na educação sanitária, orientando os produtores sobre o uso seguro e adequado dos defensivos agrícolas. Dessa forma, o GDF fortalece a proteção à saúde da população e fomenta práticas agrícolas mais sustentáveis.

Após sua candidatura a deputado estadual por Goiás em 2022 e seu atual trabalho à frente da Secretaria de Agricultura do DF, quais são os seus planos políticos para o futuro? Pretende disputar novamente um cargo eletivo em 2026?

Atualmente meu foco é continuar a trabalhar em prol da agropecuária do Distrito Federal, um setor altamente importante que em governos anteriores havia sido colocado em segundo plano, visando atingir sempre o objetivo de levar qualidade de vida aos produtores rurais, com geração de renda e sustentabilidade ambiental, conforme determinado pelo governador Ibaneis. Para 2026 existe a possibilidade de voltar a disputar um cargo eletivo, a qual ainda está sendo avaliada e discutida em várias esferas, a eleição de 2024 foi muito importante, com prefeitos e vereadores eleitos no entorno do DF.

Da Redação

Fred Lima

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