
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília.
NA LUPA: Rollemberg agiu como Nero diante dos cristãos do DF, enquanto Ibaneis protege as igrejas
Desde que assumiu o governo do DF, em 2019, o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem promovendo uma política fundiária de regularização de templos religiosos. Mas não para por aí. O chefe do Executivo local faz questão de prestigiar os principais eventos cristãos da cidade. O último ocorreu nesta sexta-feira (6), no Taguaparque. A famosa Festa de Pentecostes 2025, realizada pelo padre Moacir Anastácio, reúne multidões a cada ano.
É importante destacar o apoio do atual governador às igrejas, visto que seu antecessor, Rodrigo Rollemberg (PSB), agia como uma espécie de imperador Nero distrital, demolindo igrejas por meio de sua Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), extinta por Ibaneis. A então presidente do órgão, Bruna Pinheiro, que tinha carta branca do governador, era a encarregada de demolir as igrejas, mesmo se dizendo evangélica.
Um dos casos mais famosos de derrubadas de templos ocorreu em outubro de 2017, quando a Assembleia de Deus da Vila Planalto foi demolida pela Agefis. O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) fez duras críticas ao GDF: “O governador do Distrito Federal mandou demolir a igreja evangélica de forma criminosa, sem mandado judicial ou aviso prévio”, afirmou Feliciano.
A aversão de Rollemberg e de seu partido aos templos religiosos não é novidade. Os socialistas não escondem o desejo de extinguir as instituições educativas não estatais (incluindo as religiosas), tanto que, em 2014, o grupo conservador católico Pró-Vida incluiu o PSB entre os 12 partidos mais “perigosos” aos valores cristãos.
Ao mesmo tempo que agia como Nero brasiliense com os cristãos, Rollemberg afagava, nos bastidores, o médium João de Deus, líder da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), preso por abuso sexual contra mais de 300 mulheres que buscavam atendimento espiritual. Quando descobriram que João não era de Deus, o então governador negou qualquer proximidade com o charlatão.
Há seis anos, com a chegada de Ibaneis ao Palácio do Buriti, os cristãos deixaram de ser alvo de críticas e passaram a ter reconhecido seu trabalho social nas comunidades do Distrito Federal, atuando na recuperação de pessoas em situação de vulnerabilidade e no fortalecimento de valores éticos e humanitários.
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