Primeira família do DF recebe criança em programa de acolhimento para menores em risco

A casa de Keila Ferreira está mais alegre desde que a família passou a conviver com uma menina de um ano e sete meses cheia de energia. É a primeira experiência no DF do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que oferece alternativa à criança ou ao adolescente retirado de casa por medida protetiva, em razão de diferentes tipos de violência ou violações de direitos.

Incentivadora do projeto, a deputada federal Flávia Arruda (PL/DF) enviou ao GDF, em fevereiro, um pedido para a regulamentação do programa na capital. Ela comemorou os primeiros resultados. “A inserção da criança, especialmente na primeira infância, tem impactos positivos para a vida inteira. Um ambiente de carinho, troca e estimulação é fundamental”, destacou a parlamentar.

O relato de Keila e da família comprova que o benefício é mútuo. “Brincamos muito com ela, o tempo todo. Cantamos também. Estimulamos bastante, porque é muito importante para ajudar na formação de um adulto com sistema cognitivo bem formado e as relações de afeto saudáveis”, declarou.

De acordo com o professor e doutor Charles Nelson, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, há efeitos neurológicos da negligência e do abandono em crianças. Em instituições ou orfanatos elas sofrem uma variedade de problemas, diferentemente de crianças que foram para lares de acolhimento. “Acredito que precisamos encontrar meios de encaminhar crianças órfãs a famílias e não a instituições”, pontuou o especialista.

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora é uma ação coordenada pelo Ministério da Cidadania e executada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. Pelo serviço, ele fica na casa de uma família por tempo que pode variar entre seis e 18 meses, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As informações são da Assessoria de Imprensa da parlamentar.

Fred Lima

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