ELEIÇÕES 2020: Em nome do poder valparaisense, Lêda Borges aceita em sua coligação até adversário que atacou a sua família
Por Fred Lima
“Poder é sempre perigoso. Atrai o pior e corrompe o melhor”. (Vikings)
A frase acima demonstra com clareza o que o poder é capaz de fazer, especialmente em ano eleitoral, onde alguns políticos passam a ter amnésia e dão as mãos a adversários históricos.
Nas eleições de 2016 e 2018, o ex-vereador de Valparaíso de Goiás, Afrânio Pimentel, foi um ferrenho adversário da ex-prefeita e deputada estadual Lêda Borges (PSDB-GO). Na campanha passada para deputado estadual, por exemplo, Afrânio atacou o filho da deputada, Marco Túlio de Moura Faria, que ocupava o cargo de diretor na Saneago, onde recebia mensalmente R$ 46.593,00, durante o governo Marconi Perillo.
Antes, como vereador, Pimentel soltou a sua artilharia contra o ex-secretário de Saúde do município, Francisco de Carvalho Martins, se referindo ao vídeo onde o marido de Lêda recebia valores em espécie na antesala do gabinete da então prefeita. Agora, o ex-vereador está na coligação da tucana.
Dois projetos estão em jogo na disputa para prefeito de Valparaíso. Apesar da dívida estratosférica legada por Lucimar Nascimento (PT) e a crise do Covid-19, Pábio conseguiu implementar um projeto de governo. Se for reeleito, dará continuidade. Já Lêda não tem projeto de governo, mas de poder, até porque o projeto que tinha foi rejeitado nas urnas em 2012.
A ex-prefeita quer voltar ao cargo apenas por sobrevivência política, em nome da tentativa de ressuscitar o marconismo. Com Ronaldo Caiado no Palácio das Esmeraldas, a deputada perdeu os cargos que tinha no governo goiano, fora o poder de influência na Assembleia Legislativa.
Restou agora se candidatar à função que exerceu durante os anos de 2009 a 2013, da qual foi condenada em primeira instância este ano por corrupção.
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