NA LUPA: 1000 dias de Ibaneis Rocha
Por Fred Lima
Cada governo que passa pelo DF se destaca em uma área. A era Joaquim Roriz ficou marcada pelas obras e políticas sociais; a gestão Cristovam Buarque pela educação; a administração José Roberto Arruda pela organização da cidade; o governo Agnelo Queiroz pela construção do BRT e do Estádio Nacional; e os anos Rodrigo Rollemberg pela austeridade fiscal. Ao completar mil dias à frente do Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha (MDB) faz um governo voltado às obras, bastante semelhante ao período em que Roriz governou a capital. Vale ressaltar que o MDB, partido do atual chefe do Executivo local, era o mesmo do ex-governador. Além disso, alguns nomes que compõem a estrutura organizacional do governo fizeram parte da era Roriz.
A fiel da balança
Se a economia é o fator primordial para a reeleição de um presidente da República, as obras são para os governadores e prefeitos. O governo federal implementa a política macroeconômica por meio do Ministério da Economia e do Banco Central, enquanto estados e municípios são impactados positivamente ou negativamente pelas ações. Todavia, cabe também ao governador construir uma agenda de obras baseada em seu orçamento anual, com visão, planejamento e execução. Já tivemos governadores que não souberam surfar nos bons momentos da economia nacional, enquanto outros que governam em período de crise pandêmica, como Ibaneis, conseguem inaugurar obras relevantes. É uma questão de competência.
A fiel da balança II
A Região Metropolitana de Brasília foi responsável pela vitória apertada de Roriz em 2002, quando o então governador disputou a reeleição contra o petista Geraldo Magela. Na época, Roriz venceu por uma diferença de apenas 1.23%. Na soma de votos por região, os moradores do entorno foram cruciais, visto que apesar de residirem nas cidades goianas, muitos têm o título eleitoral no DF. Por este motivo, é importante a aproximação do governador com os prefeitos e munícipes vizinhos da capital.
A esfinge Arruda
De acordo com importante fonte ouvida pela coluna, que pediu anonimato, a ministra-chefe da Secretaria de Governo da presidência, Flávia Arruda (PL), será candidata ao Buriti, não ao Senado, como vem dizendo. A ministra tem como seus maiores entusiastas o marido, José Roberto Arruda, e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A fonte jurou de pés juntos que ouviu da própria Flávia de que será postulante ao GDF. A deputada licenciada nega.
Tucano isolado
Até o momento, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) não conseguiu criar uma frente a favor de sua pré-candidatura ao Executivo local. A única saída do parlamentar seria convencer o senador Reguffe (Podemos-DF) a disputar a reeleição ao Senado em sua chapa, além de persuadir a senadora Leila Barros (Cidadania-DF) a abdicar de sua pré-candidatura ao governo para apoiá-lo. Caso contrário, uma andorinha, digo, tucano, não faz verão sozinho.
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